sexta-feira, 30 de setembro de 2011

VÍDEO MOSTRA BRIGA ENTRE PROMOTOR E ADVOGADO EM SÃO PAULO

Um vídeo mostra parte da confusão entre um promotor de Justiça e um advogado, durante sessão de julgamento no Fórum Criminal Central Ministro Mário Guimarães, em São Paulo. As imagens captaram troca de ofensas entre acusação e defesa, e depois mostram que um partiu em direção ao outro, para agredi-lo.

De acordo com a ata lavrada pela juíza da sessão, Patrícia Inigo Funes e Silva, o promotor Fernando Albuquerque Souza agrediu moral e fisicamente o defensor Claudio Márcio de Oliveira. Mas a câmera estava fixada no rosto do réu, e o vídeo captou apenas o som da troca de ofensas entre os dois. Mostra que o promotor foi para cima do advogado depois de ouvir xingamentos direcionados à sua mãe.

Os dois começaram a discutir por causa da forma com que o promotor se dirige ao réu, questionando a veracidade de seu depoimento. O advogado, então, questiona o fato de a juíza não ter se manifestado, ao que o promotor chama o defensor de “bandido” e o acusa de ter ligação com a facção criminosa PCC. É aí que começa a briga, conforme o vídeo abaixo, gravado no dia 22 de setembro:



Revista Consultor Jurídico, 30 de setembro de 2011

Fonte: CONJUR

DIRETORIA DA FENAJUFE ORIENTA: AGORA É GREVE POR TEMPO INDETERMINADO EM TODO O PAÍS

DEPOIS DE PARALISAÇÕES, SINDICATOS DEVEM PREPARAR DEFLAGRAÇÃO DA GREVE ATÉ O DIA 18 DE OUTUBRO

BRASÍLIA – 30/09/11 - Os servidores do Judiciário Federal e do MPU, em todo o país, estão sendo chamados pela Fenajufe e seus sindicatos de base para iniciar mais um movimento grevista em defesa da aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09. Após as paralisações de 24 horas, na semana passada, e de 48 horas nesta semana, o desafio de toda a categoria agora é construir uma greve forte e unificada.

Em reunião na última quarta-feira [28], a Diretoria Executiva da Fenajufe decidiu reforçar a orientação para que todos os sindicatos se organizem, promovendo assembleias, debates nos locais de trabalhos e atos públicos, com o objetivo de deflagrar a greve até o dia 18 de outubro, em todo o país. Na avaliação da Federação, as mobilizações cresceram nas duas últimas semanas, com um maior número de sindicatos participando das paralisações e debatendo com a categoria o início do movimento grevista. Nos dias 27 e 28, conseguiram paralisar os trabalhos os servidores de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Maranhão, Paraíba e Piauí, se juntando aos colegas de Mato Grosso e da Bahia, que estão em greve desde o início de junho. Em Minas Gerais, nesta quinta-feira [29], houve paralisação de 24 horas e ato público na Justiça Federal.

É importante destacar que os servidores da JF de São Paulo decidiram continuar com as paralisações, deflagrando a greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira [30]. Na Justiça do Trabalho do Amazonas, a categoria já cruza os braços na próxima terça-feira, 4 de outubro. No Rio de Janeiro, os servidores fluminenses paralisam os trabalhos a partir do dia 19. E no Piauí, a greve por tempo indeterminado terá início no dia 20. Vários outros estados já marcaram suas assembleias para discutir o indicativo de greve e até a próxima semana, o quadro nacional deve aumentar, com novas adesões. Além das assembleias, alguns sindicatos continuam com as paralisações, como Minas Gerais, Pernambuco e Mato Grosso Sul, visando preparar a categoria para iniciar o movimento grevista.

Para a diretoria da Fenajufe, embora parte dos deputados da base do governo da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara continue com a postura de obstruir e impedir a votação dos PCSs, a pressão da categoria tem surtido efeito, uma vez que o ministro Cezar Peluso e setores ligados ao governo, como alguns parlamentares, têm se mexido para garantir o processo de negociação. Isso pode ser comprovado com a atuação, esta semana, do deputado Arlindo Chináglia [PT-SP] – relator geral da LOA e do senador Acir Gurgaks [PDT-RO] – relator de receita, que se reuniram com o presidente do STF e na ocasião se comprometeram a ajudar, efetivamente, na interlocução junto ao governo. Nesse encontro, ao que tudo indica, tanto o representante do Judiciário como os dois congressistas demonstraram estar empenhados com a causa dos servidores. E, sem dúvida alguma, um dos motivos desses fatos recentes é a mobilização da categoria, que vem sendo retomada em vários estados e que precisa ampliar, atingindo todo o país nas próximas semanas.

Nesse sentido, é fundamental que nas próximas semanas os sindicatos que ainda não definiram a entrada na greve por tempo indeterminado, ou que ainda não marcaram suas assembleias, façam isso o quanto antes. A Fenajufe orienta que, à medida que forem decidindo o início da paralisação, informem a Federação, pelo e-mail: imprensa@fenajufe.org.br, e enviem fotos das atividades da greve para divulgação na Agência de Notícias. O objetivo é dar a maior visibilidade possível ao movimento, mostrando ao Judiciário e ao governo a disposição de luta da categoria e incentivando aqueles estados que ainda não entraram no movimento.

Da Fenajufe – Leonor CostaNegrito
Fonte: FENAJUFE

NA PRÓXIMA SEMANA, PRESSÃO NA CFT DEVE AUMENTAR PARA GARANTIR VOTAÇÃO DO PCS

SINDICATOS DEVEM GARANTIR REPRESENTANTES EM BRASÍLIA A PARTIR DE TERÇA-FEIRA. OBJETIVO É CONVENCER DEPUTADOS A COMPARECER NA SESSÃO E VOTAR PL 6613/09Negrito
BRASÍLIA – 30/09/11 - A diretoria da Fenajufe reforça, também, a orientação para que os sindicatos, além de preparar a greve por tempo indeterminado, intensifiquem as pressões em cima dos deputados da Comissão de Finanças e Tributação. A última sessão da CFT deixou claro que a intenção de vários deputados, em especial os da base do governo, é dificultar o quanto puder a tramitação dos projetos. A atuação do deputado Rui Costa [PT-BA] de declarar novamente a obstrução da sessão, posição seguida pelos deputados o PR e do PTB, serve para apontar que o impasse para votar o PCS continua, o que exige, a cada dia, uma maior pressão por parte da categoria. Além da manobra do deputado baiano, outro agravante verificado nas duas últimas sessões da Comissão foi a ausência de vários membros, o que impediu o quórum para votação.

Na avaliação do assessor parlamentar da Fenajufe, Antônio Augusto Queiroz, se persistir o impasse, a comissão ficará sem deliberação nas próximas semanas. Ele também chama atenção para a ameaça de o PL 6613/09 ser encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça sem ser votado na CFT. “O que não pode acontecer, pelo risco que isto representa, é o envio do projeto para a CCJ sem a manifestação da CFT, porque o projeto perderá o caráter conclusivo nas comissões e, para ser aprovado na Câmara, dependerá de a pauta da Câmara não estar bloqueada por medida provisória ou projeto em regime de urgência”, afirma.

Segundo ele, se o projeto dos servidores do Judiciário passar para a CCJ sem deliberação na CFT, mesmo que a Comissão Mista de Orçamento reserve os recursos, como o projeto ficará dependendo da votação em plenário, há o risco de não haver espaço na ordem do dia para inclusão da matéria ainda este ano.

Por isso, nos próximos dias, os servidores devem continuar procurando os deputados da CFT em seus estados, para pedir que ajudem nas negociações com o Executivo e também que votem favoráveis ao projeto. Outra orientação da Fenajufe é que os sindicatos enviem delegações na próxima semana, só que desta vez a partir da terça-feira de manhã. O objetivo é que as delegações conversem com os deputados de seus estados para convencê-los a comparecer na sessão de quarta-feira, 5 de outubro. Por isso, é importante que esse trabalho comece a ser feito ainda um dia antes da reunião da CFT, a fim de garantir que todos os deputados compareçam e apoiem a reivindicação da categoria.

Na semana passada, a Fenajufe encaminhou para todos os sindicatos um abaixo-assinado, que será encaminhado ao governo federal, ao Legislativo e às cúpulas do Judiciário Federal e do MPU. Os sindicatos devem percorrer todos os locais de trabalho, em cada estado, e também distribuir na sociedade, visando pegar assinaturas do maior número possível de servidores e da população em geral. Em seguida, o abaixo-assinado, com todas as adesões, terá que ser enviado de volta para a Fenajufe.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

FENAJUFE ORIENTA QUE SERVIDORES NÃO ASSINEM TERMO REFERENTE AO CÓDIGO DE CONDUTA DO CJF

ASSESSORIA JURÍDICA VAI ESTUDAR LEGALIDADE DO CASO E DAR PARECER À FEDERAÇÃO

BRASÍLIA – 30/09/11 - Segundo informações obtidas pela Fenajufe, em alguns estados os servidores da Justiça Federal estão tendo que assinar um termo dando ciência ao conteúdo do Código de Conduta, conforme a Resolução nº 147, de 15 de abril de 2011, do Conselho da Justiça Federal. Em São Paulo, por exemplo, a administração do TRF está solicitando que os funcionários leiam e assinem, individualmente, termo que atesta que o servidor tem conhecimento sobre os princípios da referida norma. De acordo com a Resolução 147, o CJF, ao implementar o Código, tem como objetivo “I – tornar claras as regras de conduta dos servidores e gestores do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus; II – assegurar que as ações institucionais empreendidas por gestores e servidores do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus preservem a missão desses órgãos e que os atos delas decorrentes reflitam probidade e conduta ética; III – conferir coerência e convergência às políticas, diretrizes e procedimentos internos do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus; IV – oferecer um conjunto de atitudes que orientem o comportamento e as decisões institucionais.

Preocupada com as conseqüências dessa medida adotada pela administração dos órgãos da Justiça Federal, a Fenajufe, que debateu o assunto na reunião da última quarta-feira [28], decidiu encaminhar o assunto para análise de sua Assessoria Jurídica Nacional. Os advogados da Federação vão estudar se há legalidade nessa medida da Justiça Federal e quais os efeitos disso para os servidores.

A Fenajufe orienta, portanto, que os servidores não assinem o termo até a Assessoria Jurídica concluir a análise e dar seu parecer. Aqueles estados em que a administração da JF também estiver obrigando o servidor a assinar o termo, os sindicatos devem avisar a Fenajufe, pelo e-mail secpolitaca@fenajufe.org.br, com informações detalhadas que servirão de base para o estudo da Assessoria Jurídica.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

A PEDIDO DO SINJUTRA-PR, DEPUTADO COMPARECE À SESSÃO E VOTA PELA INCLUSÃO DO PCS NA PAUTA DA ÚLTIMA QUARTA(28)

Parlamentar paranaense, da região de Cascavel, atendeu coordenação do sindicato e esteve entre os dez deputados federais que apoiaram votação do PCS, mas projeto não foi apreciado em função de obstrução liderada pelo PT

Representantes do Sinjutra, que nas últimas semanas intensificaram os contatos com parlamentares em Brasília para aprovação do PCS, conquistaram uma importante manifestação com relação à inclusão do projeto na pauta da Comissão de Finanças, na sessão da quarta-feira (28). Atendendo à solicitação da coordenadora do sindicato Célia Vaz, o deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR) votou favorável ao requerimento de inclusão apresentado pelo colega Pauderney Avelino (DEM-AM). Apesar de o requerimento ter sido aprovado (foram dez votos favoráveis e apenas um contra), o PT, apoiado pelo PTB e PR, manteve a estratégia de obstruir a sessão e impediu a votação do projeto.

Acompanharam Célia, representando o Sinjutra nos trabalhos desta semana, os servidores José Augusto Hammerschmidt, o Hammer, Gerson Pagani e Francisco Resende.

A coordenadora do Sinjutra ligou para o gabinete do deputado e solicitou a assessores a presença de Kaefer na sessão e o apoio dele ao projeto. “Liguei para o gabinete do deputado, que estava em outra comissão, e pedi para o assessor que o contatasse para que o parlamentar comparecesse à sessão, pois a gente precisava do voto dele”, relatou a servidora. Segundo Célia, o deputado paranaense apoiou a inclusão do projeto na pauta, alegando que o tempo que dera ao presidente da comissão, Cláudio Puty (PT-PA), para conseguir um acordo já havia se esgotado.

Kaefer, que é portador de necessidades especiais e compareceu à sessão de cadeira de rodas -meio que se locomove devido às distâncias dentro no Congresso - para votar a favor dos servidores, já havia manifestado apoio ao PCS em outras ocasiões. Uma delas ocorreu quando foi procurado por servidoras do Fórum Trabalhista de Cascavel, cidade onde tem escritório político. Estiveram com o deputado, em junho de 2010, as servidoras Rosemeire de Souza Pereira e Carla Regina de Souza.

À servidora Rosicler Bonato, da Justiça do Trabalho de São José dos Pinhais, Kaefer disse, em outro momento, ser favorável ao reajuste dos servidores. Rosicler esteve com o deputado no gabinete dele em Brasília também em meados de 2010.

Do Sinjutra, Janaína de Castro

Fonte: SINJUTRA-PR

CASSEL & RUZZARIN GARANTE PAGAMENTO DA GAS COM FC PARA FILIADOS DE ENTIDADE

O escritório Cassel & Ruzzarin Advogados obteve, na Justiça Federal de Brasília, sentença que reconhece o direito de recebimento da Gratificação de Atividade de Segurança (GAS) cumulada com Função Comissionada (FC) quando a chefia for de atribuição de segurança.

A sentença condena a União ao pagamento mensal e aos valores retroativos, acrescidos de juros e correção. A decisão beneficia filiados da especialidade de segurança do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Goiás (Sinjufego).

Segundo o advogado Rudi Cassel, do escritório Cassel & Ruzzarin Advogados esta é uma vitória importante porque foi defendida a aplicabilidade restrita da previsão da Lei 11416/2006 quando veda FC cumulada com GAS. “A única razão da proibição legal foi a de impedir que servidores fora das atividades de segurança também recebessem a gratificação,” salientou.

Ref.: Processo n.º 17564-26.2011.4.01.3400 – Seção Judiciária do DF

Na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) Nº 18 movida pela AGEPOLJUS sobre a omissão do anexo V do PLOA 2012, com amicus curiae de Sisejude, SindjufeBA, Sinjufego e Aojus-DF, foi adotado o rito cautelar que pedimos, o que é muito importante, em decorrência dos prazos de apreciação da matéria na Comissão de Orçamento.

Despacho de Joaquim Barbosa, na ADO 18, da AGEPOLJUS, sobre o PLOA/2012: "Solicitem-se informações, no prazo de cinco dias (art. 10, caput, da Lei 9.868/1999). Após, abra-se vista dos autos sucessivamente ao advogado-geral da União e ao procurador-geral da República, pelo prazo de três dias. Publique-se."

Quer dizer: admitiu o rito da cautelar.

da Agepoljus com informações da C&R

Fonte: AGEPOLJUS

AGEPOLJUS SE REÚNE COM REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Marcelo Bias

O Diretor Jurídico da AGEPOLJUS, Antônio Walker, o Assessor Parlamentar, Alexandre Marques, e o Agente Julio Cesar de Souza Pontes (TRT/CE) estiveram reunidos com o representante do Ministério da Justiça, Gabriel Sampaio, na manhã de ontem (29).

A reunião tratou da aprovação do PLC 03/2010. Segundo o Diretor Walker, discutiu-se um acordo entre a Ajufe, o Ministério da Justiça (MJ) e a Polícia Federal (PF) que consiste em buscar um texto que gere consenso, mantendo as emendas 01, 02, 03 e 05 apresentadas à matéria. Embora o MJ não concorde em alterar o Art. 6 do Estatuto do Desarmamento que concede o porte de arma aos Agentes de Segurança.

O representante do MJ fez recomendações quanto à alteração do Decreto 5123/04, que “Regulamenta a Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - SINARM e define crimes”, com o intuito de facilitar o acesso a portes de armas aos servidores do Judiciário que exerçam função de segurança.

Sampaio concordou em enviar o documento à AGEPOLJUS para conhecimento e encaminhamento de sugestões. Estamos aguardando até o presente momento.

À tarde, com a presença do Presidente da AGEPOLJUS, Edmilton Gomes, estiveram com o assessor parlamentar da corregedoria geral da PF, Luiz Carlos Nobre. Ele disse ter informado na reunião com a Ajufe e com o MJ que não tem a possibilidade da PF fazer a segurança de todos os magistrados. O máximo que podem fazer é auxiliar no trabalho de inteligência e afirmou, ainda, que a segurança, no entendimento da PF, deverá ficar com os Agentes do quadro do Judiciário. Disse também que é totalmente a favor da concessão do porte aos Agentes de Segurança, porque não se faz segurança desarmado.

Apesar da Ajufe insistir para que a PF tome a responsabilidade pela segurança dos magistrados, a mesma deverá ficar só no papel. De acordo com o delegado, não há contingente na PF para atender a esta demanda.

Fonte: AGEPOLJUS

SERVIDORES DO TRF-3 INICIAM GREVE NESTA SEXTA-FEIRA

Nesta sexta-feira (30/9), os servidores da Justiça Federal em São Paulo vão retomar a greve, por tempo indeterminado. A decisão se deu nesta quinta-feira durante assembleia geral, que aconteceu em frente à sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Os servidores estavam paralisados desde terça-feira (27/9). Na Justiça Trabalhista, a greve deve começar a partir da próxima quarta-feira, dia 5 de outubro.(CONJUR) Leia a matéria completa...

MINISTRA ELIANA CALMON MENTIU E PERDEU O RUMO, DIZ AMB

O Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, considerou "normal" o adiamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da votação da ação, movida pela AMB, que contesta a Resolução 135 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A regra trata da aplicação de procedimentos para investigar juízes suspeitos de praticar crimes.

Em entrevista a Terra Magazine, Calandra rechaçou o que chamou de "mentiras levadas à mídia pela ministra Eliana Calmon" e enfatizou que a entidade "não pede a subtração de nenhum poder que o CNJ tem nem sua extinção". A corregedora-geral de Justiça causou polêmica ao declarar que a ação da AMB seria um "caminho para a impunidade da magistratura" e que a Justiça esconde "bandidos de toga".(TERRA MAGAZINE/AGEPOLJUS) Leia a matéria completa...

AGEPOLJUS SE REÚNE COM DESEMBARGADOR DO CJF EM SÃO PAULO

O Diretor de Treinamentos e Qualificação da AGEPOLJUS, Hipólito Cardozo, e o Associado e Diretor do Núcleo de Segurança da JF/SP, Darney Bessa, estiveram em reunião com a corregedora do TRF3 e coordenadora da comissão de segurança do Conselho da Justiça Federal (CJF), desembargadora Suzana Camargo, em Franca/SP, hoje (30).

Na pauta, foram discutidas ações de segurança para o Judiciário Federal. A desembargadora informou que a pretensão do CJF é treinar e equipar os agentes do quadro para sanar as demandas de segurança.

A AGEPOLJUS agradece ao Juiz Federal Carlos Loverra, Diretor de Foro da Seção Judiciária de São Paulo, por todo o apoio dado nas questões de segurança.

Fonte: AGEPOLJUS

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

SENADO QUER OUVIR PELUSO, OPHIR E ELIANA CALMON

A Agência Senado informa que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania realizará audiência sobre a competência do Conselho Nacional de Justiça para punir magistrados.

Devem ser convidados para a audiência pública os presidentes do CNJ, ministro Cezar Peluso, e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, além da corregedora Eliana Calmon.

A proposta é do senador Pedro Taques (PDT-MT), que disse considerar essencial que o CNJ tenha condições de atuar de forma plena como órgão de controle do Judiciário.

"Se esvaziarmos as competências do Conselho Nacional de Justiça, vamos transformar esse importante órgão da República em mero órgão de estatística do Poder Judiciário", afirmou.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) apresentou proposta para explicitar na Constituição a competência do CNJ de investigar e aplicar punições a magistrados.

Fonte: BLOGDOFRED.FOLHA

JUSTIÇA FEDERAL QUER AGENTES DE SEGURANÇA TREINADOS PARA PROTEÇÃO DE JUÍZES

A Corregedoria-Geral da Justiça Federal reuniu-se na sede do Conselho da Justiça Federal (CJF), com representantes da Agepoljus, a Associação Nacional dos Agentes de Segurança do Judiciário Federal, para tratar da política de segurança dos juízes federais. Na ocasião, o juiz auxiliar da Corregedoria-Geral, Márcio Mafra, recebeu o presidente da entidade, Edmilton Gomes, e o diretor regional do DF, Ivan Gobbo, quando se discutiu a política de segurança no âmbito da Justiça Federal.

Conforme declarou o juiz federal Márcio Mafra, "temos uma situação emergencial a enfrentar, diante da falta de estrutura de segurança para os juízes federais em situação de risco. É preciso definir ações sistematizadas e permanentes, o que serão debatidas na Comissão instituída pelo corregedor-geral, ministro João Otávio de Noronha." Ele prometeu levar à comissão - composta por juízes federais das cinco regiões e presidida pela corregedora regional da 3ª Região Suzana Camargo - o pedido de uniformização das atribuições dos agentes de segurança em âmbito nacional. "Em cada tribunal o agente de segurança tem uma atribuição diferente. É preciso criar uma estrutura com agentes preparados para proteção dos magistrados", disse o presidente da entidade. Segundo a Agepoljus, existem sete mil agentes de segurança judiciária no País.

O juiz Márcio Mafra defendeu o porte de arma para grupos de agentes especializados e com treinamento em escolta e segurança ministrado pela Polícia Federal. "Precisamos formar uma unidade de elite na Justiça Federal capaz de realizar um trabalho de segurança emergencial, já que a PF tem efetivo limitado. Essa unidade de elite poderá eventualmente colaborar no trabalho de proteção da autoridade judicial", enfatizou. Edmilton Gomes garantiu ao magistrado que existe hoje efetivo treinado nas 1ª e4ª regiões da Justiça Federal para realizar a segurança dos juízes.

A Corregedoria-Geral informou que pretende estudar o estabelecimento de regras de segurança para os magistrados. A comissão também irá examinar a legislação em vigor sobre o tema, como o Estatuto do Desarmamento, o Projeto de Lei da Câmara 03/2010 - que trata da proteção às autoridades judiciárias e do Ministério Público - e a Resolução 104 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre medidas administrativas para a segurança e a criação de Fundo Nacional de Segurança, para possíveis sugestões de alterações que atendam à política de segurança institucional.

A proposta de criação de um grupo especial de agentes de segurança, que deverá compor uma das várias medidas a serem adotadas imediatamente pelos tribunais regionais federais, foi acolhida na última reunião da Comissão de Segurança, no dia 20 de setembro.

Fonte: CLICKPB

PARA STJ, ARMA SEM MUNIÇÃO NÃO É CRIME

Luiz Flávio Gomes

Na regência da Lei n 9.437/97, grande parte da jurisprudência pátria entendia que portar arma sem munição era fato atípico pela inteligência do artigo décimo da mencionada lei (STF, RHC 81.057-SP). Ocorre que a Lei foi revogada em 2003 pelo Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/03).

Desde então, prevalece na jurisprudência o entendimento de que a conduta de portar arma de fogo desmuniciada configura o delito de porte ilegal previsto no art. 14 da Lei nº 10.826/2003 - crime de mera conduta e de perigo abstrato.

Recente julgado da 6ª Turma do STJ: encampou o entendimento de considerar atípica a mencionada conduta.

De acordo com o relator do Habeas Corpus 124.907-MG, ministro Og Fernandes, a paciente do writ merece ser absolvida em primeira instância com fulcro no artigo 386, III, do CPP porque o fato de a arma de fogo estar se munição afasta a tipicidade da conduta.

Há dois modelos de direito penal: o da ofensividade e o da periculosidade. O primeiro exige lesão ou concreto perigo de lesão ao bem jurídico protegido pela norma penal. O segundo vai além e também admite o perigo abstrato (ou presumido). O acórdão aqui comentado seguiu (adequadamente) o primeiro modelo.

Para o primeiro, que nós sustentamos, o crime exige necessariamente: desvalor da ação mais; desvalor do resultado jurídico. Para o segundo basta o desvalor da ação (também chamado desvalor da conduta).

Esse segundo modelo viola flagrantemente o artigo 13 do CP, que exige resultado em todos os crimes (sejam materiais, formais ou de mera conduta). Logo, o resultado que está presente no art. 13 é o jurídico (lesão ou perigo concreto de lesão ao bem jurídico protegido).

Para o primeiro o crime é desobediência à norma imperativa assim como violação do bem jurídico protegido pela norma (valorativa). Para o segundo o crime é visto como mera desobediência à norma imperativa.

A adoção de um ou outro modelo de direito penal depende da posição que se toma em relação à norma penal. Há uma corrente que entende que a norma é puramente imperativa (determinativa). Há outra corrente (que seguimos) que entende que a norma é imperativa e também valorativa (porque ela existe para proteger algum bem jurídico).

Quem escreve sobre direito penal sem se definir claramente por uma das duas correntes corre o risco que criar um sistema desconexo.

Desde então, prevalece na jurisprudência o entendimento de que a conduta de portar arma de fogo desmuniciada configura o delito de porte ilegal previsto no art. 14 da Lei nº 10.826/2003 - crime de mera conduta e de perigo abstrato

Para o primeiro modelo de direito penal (da ofensividade) o que vale é o conceito de tipo penal, não só o de tipo legal. Para o segundo basta o conceito de tipo legal. O conceito de tipo penal é muito mais rico porque dele fazem parte a tipicidade formal assim como a material.

O primeiro exige tipicidade formal e material. O segundo se contenta com a tipicidade puramente formal.

O primeiro modelo está vinculado com a teoria constitucionalista do delito (que adotamos). O segundo se perfaz com a teoria formalista do delito. O primeiro conta com maiores possibilidades de se realizar o valor justiça. Daí o seu acolhimento em detrimento do segundo.

O acórdão aqui comentado seguiu à risca o primeiro modelo de direito penal que acaba de ser exposto. Avanço extraordinário.

Fonte: ÚLTIMA INSTÂNCIA

SEGUNDO RELATOR DA RECEITA DA LOA, MINISTRO PELUSO REAFIRMA COMPROMISSO EM DEFENDER O PCS

Durante a reunião na noite desta quarta-feira (28) com o relator geral e o de receita da proposta de Lei Orçamentária Anual, deputado Arlindo Chináglia (PT/SP) e senador Acir Gurgacz (PDT/RO), respectivamente, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, disse estar empenhado para buscar uma solução, com o governo federal, que garanta a aprovação do PL 6613/09. As informações sobre o encontro de ontem foram repassadas ao coordenador da Fenajufe, Antônio Melquíades (Melqui) pelo senador Acir, que considerou a reunião positiva.

Segundo o relator de receita, no encontro, Peluso demonstrou estar determinado em defender o PCS e solicitou que os dois congressistas (Acir e Chináglia) participem da interlocução das negociações com o Executivo, o que foi aceito na mesma hora. Acir informou, ainda, que o presidente do Supremo propôs, como forma de ajudar nas negociações, debater um parcelamento para a implementação do PCS em 4 parcelas semestrais, a partir de janeiro do ano que vem.


Tanto o senador quanto o deputado se comprometeram, na reunião com Peluso, a procurar representantes do governo federal e apresentar o posicionamento do presidente do STF. Respondendo aos questionamentos formulados pelo coordenador da Fenajufe, preocupados com os prazos, o relator disse que a intenção é agendar uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff antes de ele apresentar o relatório à Comissão Mista de Orçamento. O senador informou, ainda, que, nos próximos dias, ele e o deputado Chináglia acertarão a agenda com o Executivo em torno das negociações do PCS. Os dois parlamentares têm agendas previstas para esta quinta-feira (29), em Uberlândia, Minas Gerais, onde participam do seminário da CMO sobre a proposta da LOA. Na sexta-feira (30) eles devem seguir para Curitiba, cumprindo a mesma agenda.

Deputado Gonzaga Patriota se compromete a ajudar
O coordenador da Fenajufe Antônio Melquíades (Melqui) se reuniu na manhã desta quinta-feira (28) com o deputado Gonzaga Patriota (PSB/PE), que, além de ser membro da Comissão Mista de Orçamento, também integra a comissão de receita, responsável pela elaboração do relatório de receita, junto com o senador Acir Gurgacz. Após ouvir do coordenador da Fenajufe os argumentos que reforçam a necessidade da aprovação do PL 6613/09, o deputado disse que apoia a reivindicação dos servidores.

O deputado, que é líder da bancada do Nordeste na Câmara, se comprometeu também a fazer um pronuciamento na próxima terça-feira (04/10), na sessão da Comissão Mista de Orçamento, em defesa da aprovação do PL 6613/09.

Fonte:FENAJUFE/AGEPOLJUS

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

"SE HÁ BANDIDOS DE TOGA, QUE ELES SEJAM APONTADOS"

"Não se pode aceitar passivamente que a Justiça brasileira seja pisoteada numa busca insana por holofotes e frases histriônicas. Se há 'bandidos de toga', que eles sejam apontados e que, depois de um julgamento justo, sejam punidos." Essas foram as palavras do presidente da Apamagis, Paulo Dimas Mascaretti, em resposta às declarações da corregedora nacional de Justiça, a ministra Eliana Calmon, de que diminuir a competência do Conselho Nacional de Justiça é o "primeiro caminho para a impunidade da magistratura".

A opinião da ministra veio à tona em entrevista concedida à Associação Paulista de Jornais (APJ). Calmon criticou a Ação Direta de Inconstitucionalidade que questiona, e pretende esvaziar, os poderes do CNJ de punir juízes.

Em nota, Dimas também ressaltou que não é de hoje que as pessoas tentam desqualificar o trabalho dos juízes sem nenhum embasamento e, "no passado, o mantra reverberado era o de que, se criado um órgão de controle externo do Judiciário, seria aberta uma verdadeira 'caixa-preta', que revelaria incontáveis desvios de conduta de seus membros". (CONJUR) Leia a matéria completa...

"HÁ UMA TENTATIVA DE EMPAREDAR O STF", DIZ MINISTRO

Os ataques e acusações generalizadas de corrupção contra juízes, às vésperas de o Supremo Tribunal Federal decidir o alcance do poder correcional do Conselho Nacional de Justiça, são uma tentativa de emparedar os ministros da mais alta corte do país. A opinião é do ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça.

“Algumas declarações genéricas somadas a uma grande articulação contra o julgamento que se avizinha são uma clara tentativa de emparedar publicamente os ministros do Supremo Tribunal Federal. Nem a ditadura ousou fazer isso. Não deveria ser feito por quem também usa toga”, afirmou o ministro à revista Consultor Jurídico, em referência indireta à sua colega, ministra e corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon. (CONJUR) Leia a matéria completa...

TETO REMUNERATÓRIO PARA SERVIDORES É TEMA COM REPERCUSSÃO GERAL

Matéria constitucional contida no Recurso Extraordinário (RE) 609381 teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros da Corte irão julgar se incide ou não o limite remuneratório, de que trata a Emenda Constitucional nº 41/2003, para servidores públicos. (STF) Leia a matéria completa...

SESSÃO DA CFT É SUSPENSA MAIS UMA VEZ

Sob o comando do deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), deputados assinaram requerimento para inclusão do PL 6613/2009 na pauta da sessão de hoje, 28, da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara. Pela segunda vez, a reunião foi suspensa por parlamentares da base governista que querem impedir a votação do projeto.

Em conversa com o assessor parlamentar da ANAJUSTRA, Roberto Bucar, Pauderney afirmou que continuará apresentando requerimento para entrada do PL na pauta da CFT. Para o deputado, o recurso fará com que o governo a negocie um acordo para aprovação do projeto.

O relator do PL, deputado Policarpo, também assinou o pedido para que o projeto fosse levado à votação.

Fonte: ANAJUSTRA

VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA GARANTE QUE IRÁ CONVERSAR COM DEPUTADOS DA BANCADA DO GOVERNO, ENVOLVIDOS NAS NEGOCIAÇÕES DO PCS

BRASÍLIA – 28/09/11 – Em mais uma agenda com parlamentares, visando à garantia de apoios à aprovação dos planos de cargos e salários, a Fenajufe se reuniu na tarde desta quarta-feira [28] com a 1ª vice-presidente da Câmara, deputada Rose de Freitas [PMDB-ES]. Os coordenadores Antônio Melquíades [Melqui], Cledo Vieira, Jean Loiola e Iracema Pompermayer, na rápida conversa com a deputada, que ainda iria presidir a sessão da Ordem do Dia do plenário da Casa, fizeram um breve histórico sobre as negociações referentes ao PL 6613/09, contextualizando os impasses que têm impedido a votação do projeto na Comissão de Finanças e Tributação.Justificar
Os dirigentes sindicais explicaram o resultado das últimas sessões da CFT e as manobras de deputados da base do governo, em especial do deputado Rui Costa [PT-BA], que declarou a obstrução da sessão desta quarta, em nome da bancada do partido. Eles explicaram que o parlamentar baiano também disse, em contatos com dirigentes sindicais, que a ideia é enviar o projeto direto para a Comissão de Constituição e Justiça sem ser votado na CFT. Também informaram que o presidente da CFT, deputado Cláudio Puty [PT-PA], declarou que não pretende colocar o projeto na pauta de votação sem que o acordo orçamentário entre os três poderes seja fechado.

Os coordenadores da Fenajufe solicitaram o apoio da 1ª vice-presidente para que as negociações avancem e reivindicaram que ela converse com seus colegas, na tentativa de impedir futuras manobras, como a que pode encaminhar o projeto para a CCJ antes de ser votado na CFT, o que atrasaria ainda mais a tramitação do PCS.

Rose de Freitas se comprometeu a conversar com o deputado Cláudio Puty e também com outros deputados da base do governo, envolvidos nas negociações em torno do PCS. A vice-presidente da Câmara ficou de dar um retorno à Fenajufe sobre as conversas que ela pretende fazer.

Também participaram da conversa com a deputada, servidores do Espírito Santo, que vieram a Brasília na caravana do Sinpojufes-ES ajudar nas mobilizações na Comissão de Finanças.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

BANCADA DO GOVERNO OBSTRUI NOVAMENTE SESSÃO DA CFT E PCS NÃO É VOTADO POR FALTA DE QUÓRUM

BRASÍLIA – 28/09/11 – Por falta de quórum, a sessão desta quarta-feira [28] da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara mais uma vez não votou os PLs 6613/09 e 6697/09, que revisam os PCSs da categoria. Além da ausência de vários membros da CFT, também contribuiu com o adiamento da votação a atitude do deputado Rui Costa [PT-BA], que novamente, com o apoio de outros colegas da Comissão, obstruiu a sessão, declarando que os deputados de sua bancada não votariam. O único deputado petista que votou no requerimento de inclusão dos projetos na pauta foi o relator do PL 6613/09, Roberto Policarpo [PT-DF].

O deputado baiano já havia dito a dirigentes sindicais da categoria, em contatos feitos nas últimas semanas, que se depender dele o projeto só será votado quando houver um acordo entre a cúpula do Judiciário, o Executivo e o Legislativo para que a previsão orçamentária seja incluída na Lei Orçamentária Anual de 2012. E, na sessão de hoje, ele novamente declarou a obstrução, posicionamento também seguido pelos deputados do PTB e do PR. Da bancada do PT também obstruiu com ele o presidente da Comissão, Cláudio Puty [PT-BA], e os demais se ausentaram da sessão.

Ao encaminhar contrário ao requerimento do deputado Pauderney Avelino [DEM-AM], Rui Costa disse que os membros da CFT estão se empenhando para que seja finalizada a negociação entre os Poderes e finalmente saia um acordo pela adequação orçamentária e financeira dos projetos. No entanto, segundo ele, antes de votar os PCSs “é preciso garantir a viabilidade orçamentária junto à Comissão Mista de Orçamento”. “Há o entendimento dos membros da CMO de incluir a previsão do projeto na LOA. O Judiciário e o Executivo estão fazendo as conversas para chegar a um acordo, mas, dada a possibilidade de crise econômica, a situação está complicada. Essa solução tem que ser conjunta com a CMO. Não quero fazer disputa política aqui, por isso votaremos contra inclusão do PL na pauta”, declarou Rui Costa, sob protestos dos servidores que lotaram, mais uma vez, a sessão da CFT.

O requerimento de inclusão dos projetos na pauta da sessão, apresentado por Pauderney Avelino, teve o apoio de dez deputados. O único que votou contrário ao requerimento foi Edmar Arruada [PSC-PR]. Mas com a obstrução do PT, do PR e do PTB e com a ausência de vários membros da Comissão, mesmo o requerimento tendo sido aprovado, a sessão foi suspensa por falta de quórum. Para dar prosseguimento aos trabalhos era preciso ter a presença de 17 deputados.

Segundo o deputado amazonense, a votação dos projetos na sessão de hoje era importante para “dizer ao governo que esta Casa [Câmara] quer a aprovação do reajuste salarial dos servidores”. “Esse tema é da mais alta relevância. Há uma negociação cambaleante entre o Executivo e o Legislativo, então precisamos votar de imediato essa proposta”, disse Pauderney.

Greve em todo o país para forçar o acordo e a votação dos projetos
Diante do resultado da sessão de hoje da CFT e da intenção, declarada, de vários deputados de impedir o avanço dos projetos na Câmara, a Fenajufe reforça sua orientação para que todos os estados deflagrem a greve por tempo indeterminado nos próximos dias. De acordo com a Federação, somente uma luta forte em todo o país será capaz de pressionar o STF, a PGR, o Executivo e o Legislativo a fechar um acordo para aprovar os PLs 6613/09 e 6697/09. Por isso, os sindicatos já devem discutir com a categoria nas assembleias em seus estados o início do movimento grevista até o dia 18 de outubro, conforme orientação da Fenajufe.

Nesta terça e quarta-feira, em vários estados a categoria está com os trabalhos paralisados ou realizando atos públicos e assembleias. O objetivo é fortalecer as mobilizações para construir a greve por tempo indeterminado.

Além da construção da greve, os sindicatos devem intensificar os contatos com os deputados em seus estados e enviar representantes a Brasília na próxima quarta-feira [05], quando haverá novamente sessão da Comissão de Finanças e Tributação. Nas conversas com os parlamentares, é preciso convencê-los a participar da sessão e a votar em defesa dos servidores.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

RELATORES DA LOA SE REÚNEM HOJE COM PELUSO PARA TRATAR DO PCS

BRASÍLIA – 28/09/11 – Em conversa na tarde de hoje [28] com o coordenador da Fenajufe Antônio Melquíades [Melqui], o relator de receita da proposta da LOA na Comissão Mista de Orçamento, senador Acir Gurgacz [PDT-RO], informou que ainda hoje, às 19h30, terá uma reunião com o presidente do STF, ministro Cezar Peluso. Também participará do encontro no Supremo, o relator geral da LOA, deputado Arlindo Chináglia [PT-SP].

Segundo o senador, o tema da reunião é a negociação referente ao PL 6613/09, que revisa o PCS dos servidores do Judiciário Federal. Acir disse a Melqui que tem se empenhando para encontrar uma saída no processo de negociação e que na conversa com o ministro Peluso o objetivo é avançar nos debates, visando o fechamento de um acordo.

Além do coordenador da Fenajufe, também participaram da reunião os diretores do Sindjero-RO, Celso Pereira e Edirlei de Souza, e os representantes do Sinsjustra-RO, Ana Casara e Celso Gomes.

Fenajufe já apresentou dados do PCS do relator
No dia 14 de setembro, os coordenadores Melqui, Ramiro López e Jean Loiola se reuniram com o senador Acir Gurgacz, oportunidade em que reivindicaram que o relator reestime para maior a arrecadação de receitas de modo a garantir na proposta da LOA os valores necessários ao Plano de Cargos e Salários. O senador pedetista é o responsável, na Comissão Mista de Orçamento [CMO], por reestimar a receita da União do ano seguinte, para que o relator geral, no caso o deputado Arlindo Chináglia [PT-SP], possa alocar despesas de acordo com a nova receita.

No encontro, os coordenadores da Fenajufe mostraram ao parlamentar dados que comprovam a defasagem salarial dos servidores do Judiciário Federal em relação a outras carreiras que desempenham funções semelhantes. O estudo também derruba os falsos argumentos do governo, de que não há recursos para conceder reajuste aos servidores.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

AGEPOLJUS ACOMPANHA SESSÃO NA CFT

O presidente da AGEPOLJUS, Edmilton Gomes, o Diretor Financeiro, Carlos Pinheiro, o Diretor Jurídico, Antônio Walker, o Diretor Regional/MG, Sérgio Procópio, os Agentes Ananias Renovato (TO) e Evilásio Dantas e as Agentes Fátima Arantes e Silvania Costa (DF), participaram da sessão da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, na qual os Projetos de Lei 6613/09 e 6697/09, que revisam os Planos de Cargos e Salários dos servidores do Judiciário, não foram votados por falta de quórum, nesta quarta-feira (28).

Como era necessário haver 17 deputados para dar continuidade aos trabalhos, a aprovação do requerimento de inclusão não foi o bastante para evitar a suspensão da sessão pelo presidente da Comissão, deputado Cláudio Puty (PT/BA), sob protestos dos servidores que lotaram a CFT.

Além disso, a ausência de muitos membros da CFT foi crucial ao adiamento da votação.

Antes, a sessão sofreu obstrução do deputado Rui Costa (PT/BA). O deputado disse que os membros da CFT estão voltados à finalização da negociação entre os Poderes para que haja acordo pela adequação orçamentária e financeira dos projetos. “É preciso garantir a viabilidade orçamentária junto à Comissão Mista de Orçamento”, disse. Costa reiterou que o projeto será votado quando houver acordo entre a cúpula do Judiciário, o Executivo e o Legislativo visando a inclusão da previsão orçamentária na Lei Orçamentária Anual de 2012. Além dele, o presidente da Comissão, Cláudio Puty (PT/BA), também obstruiu a sessão.

O relator do PL 6613/09, deputado Policarpo (PT/DF), votou "sim" no requerimento de inclusão dos projetos na pauta.

Fonte: AGEPOLJUS

terça-feira, 27 de setembro de 2011

JUÍZES SE MOBILIZAM CONTRA DECLARAÇÕES DE ELIANA CALMON

O Judiciário se mobilizou nesta terça-feira (27/9) contra as declarações feitas pela corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, de que diminuir a competência do CNJ é o "primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga". Depois da nota de repúdio lida pelo ministro Cezar Peluso no início da sessão do CNJ, a Associação dos Magistrados Brasileiros, o Tribunal Superior do Trabalho, o Tribunal de Justiça de São Paulo, a Associação Nacional dos Magistrados Estaduais fizeram o mesmo, criticando a generalização feita pela ministra.

Em entrevista à Associação Paulista de Jornais (APJ), Eliana Calmon criticou a Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pela AMB que questiona, e pretende esvaziar, os poderes do CNJ de punir juízes. À entidade, ela disse que a ADI é o "primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga".

O presidente da AMB, Nelson Calandra, afirmou que confia que a Suprema Corte decidirá de acordo com a Constituição brasileira. Para ele, "esse debate que veio desbordar para a imprensa é sintoma de que vivemos num país democrático, porém nos entristece que uma colega, juíza, ministra, dê uma declaração destemperada a respeito de uma classe que trabalha sem parar".

Em nota, a AMB explica que, ao contestar a Resolução 135 do CNJ, não pretende como imaginam alguns, cercear o trabalho do órgão. Defende que o debate democrático e o direito de recorrer à Justiça são juridicamente adequados e úteis à sociedade, quando persistirem dúvidas e conflitos, por tratar-se de um direito primário em um Estado Democrático. Afirma também que os juízes têm o direito de questionar e acionar a Justiça quando julgarem que sua independência e prerrogativas estejam sendo ameaçadas. Quanto à legitimidade para entrar com a ação, a AMB cita os dispositivos 102 e 103 da Constituiçãoe afirma que irá acatar a decisão do STF, seja ela qual for.

Segundo a AMB, a razão de existir do CNJ não está no poder de vigiar os atos dos juízes, pois esse poder não existe. Ainda segundo a nota, o Conselho foi criado para cuidar de questões administrativas do funcionamento do Poder Judiciário, o que tem feito com muita eficiência. Os juízes, por sua vez, já são bastante investigados e vigiados pelas corregedorias locais, pelos advogados, pelas partes e pelo Ministério Público.

O Tribunal Superior do Trabalho também publicou nota de desagravo em relação às declarações da corregedora, considerou-as levianas e genéricas. Externou sua solidariedade aos juízes brasileiros, em particular aos magistrados do trabalho, os quais classificou como profissionais honrados, probos, éticos e extremamente compromissados com a causa da Justiça.

O Tribunal de Justiça de São Paulo também declarou ter recebido com surpresa a notícia das declarações atribuídas à ministra Eliana Calmon, afirmou estar desenvolvendo todos os esforços para procurar dar atendimento às Metas estabelecidas pelo CNJ, coincidentes, em geral, com as do próprio TJ-SP.

A primeira
O dia da ministra Eliana Calmon começou com uma reunião no Conselho Nacional de Justiça em que se discutia o que fazer diante de suas declarações. A corregedora reafirmou as declarações feitas à Associação Paulista de Jornais refletem o que realmente pensa acerca do assunto. Depois, em silêncio, ouviu as críticas dos demais conselheiros.

Decidiu-se, na reunião administrativa, divulgar uma nota em defesa dos juízes brasileiros. Dos 15 conselheiros, 12 assinaram a nota de repúdio. Não assinaram, além da corregedora, José Luiz Munhoz, juiz do Trabalho do TRT-12, e Jefferson Kravchychyn, representante da OAB no Conselho.

A sessão plenária de hoje começou apenas por volta de 12h, quando o horário normal é às 9h. Nesse intervalo, os conselheiros ficaram em reunião administrativa, discutindo — e repudiando — as acusações da corregedora.

O ministro Cezar Peluso criticou as declarações da corregedora nacional de Justiça. Em nota disse que as afirmações da ministra "de forma generalizada, ofendem a idoneidade e a dignidade de todos os magistrados de todo o Poder Judiciário".

O ministro ainda falou sobre a falta de prova das acusações, que "lançam dúvidas sobre a honra de milhares de juízes que, diariamente se dedicam ao ofício de julgar com imparcialidade e honestidade, garantindo a segurança da sociedade e a estabilidade do Estado democrático de Direito, e desacreditam a instituição perante o povo".

Leia abaixo nota da AMB, do TST e do TJ-SP:

Nota da AMB
Em nome dos 14 mil Juízes brasileiros, a AMB não aceita, de forma peremptória, as declarações atribuídas à Corregedora Nacional de Justiça, Ministra Eliana Calmon, com graves ofensas à integridade da Magistratura nacional. Foram publicados ataques impróprios, sem nomes, sem provas e sem o legítimo e constitucional direito de defesa.

Exigimos respeito e reconhecimento ao papel imprescindível dos Magistrados na consolidação dos valores democráticos e sociais. Os Juízes prestam relevantes serviços à democracia e à sociedade brasileira, porém, se há desvios, eles devem ser apurados, e os responsáveis punidos, respeitando-se sempre o direito à ampla defesa, ao contraditório e ao princípio de presunção de não culpabilidade. Dedo apontado contra supostas irregularidades, não julgadas, é uma violação que fragiliza o Estado de Direito.

A AMB representa uma Magistratura séria, íntegra e devotada à causa da Justiça. Os Magistrados são cumpridores das leis, respeitam as decisões do STF e, principalmente, a Constituição. Respeitamos quaisquer investigações contra atos dos Juízes, desde que fundadas em fatos concretos e, preservando-se, sempre, o foro adequado e os direitos constitucionais do investigado.

A AMB manifesta ainda estranheza e perplexidade com a verdadeira campanha, orquestrada por alguns setores, com ares de intimidação sobre o Supremo Tribunal Federal, às vésperas do julgamento da ADI que argúi a inconstitucionalidade da Resolução 135, do Conselho Nacional de Justiça.

A AMB não pretende, como apontam alguns críticos, esvaziar ou cercear o trabalho do CNJ. Ao contrário, entende que tal resolução, inspirada nos antigos decretos, é que tenta amordaçar os Magistrados, ao afetar a independência de julgar, um princípio caro ao Estado de Direito e à democracia.

Em um regime democrático, o debate e o direito de recorrer à Justiça são juridicamente adequados e úteis à sociedade, quando persistirem dúvidas e conflitos. Os Magistrados, como quaisquer outros cidadãos, têm o direito de questionar e acionar a Justiça, quando julgarem que sua independência e prerrogativas estejam sendo ameaçadas.

Os Juízes já são bastante investigados e vigiados pelas corregedorias locais, pelos advogados, pelas partes e pelo Ministério Público.

A AMB defende a preservação de direitos assegurados na Constituição. Não pode o CNJ reduzir de 10 para 5 dias o prazo de defesa dos Magistrados, nem regular o afastamento de Juízes sem processo administrativo ou denúncia. Isso é matéria regulada na Loman e na Constituição.

Nota de desagravo do TST
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO E DO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO, a Ministra Vice-Presidente, o Ministro Corregedor Geral da Justiça do Trabalho e os Ministros que subscrevem a presente nota, a propósito de declarações publicadas nos jornais que circulam hoje no País, em que se assaca acusação leviana e genérica à honorabilidade dos magistrados brasileiros, vêm a público:

1. expressar a indignação e o repúdio veementes dos magistrados do trabalho brasileiros, convictos de que desvios funcionais pontuais têm sido apurados pelos órgãos competentes, inclusive o Conselho Nacional de Justiça;

2. manifestar desconforto e constrangimento pela ofensa graciosa e inominada à honradez de todos os magistrados brasileiros e à credibilidade do Poder Judiciário nacional e, assim, ataque intolerável a um dos pilares da Democracia e do Estado de Direito;

3. reiterar respeito e confiança inquebrantáveis nas Instituições republicanas, em especial às decisões do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça;

4. externar solidariedade aos magistrados brasileiros, em particular aos magistrados do trabalho, profissionais honrados, probos, éticos e extremamente compromissados com a causa da Justiça.

Nota do TJ-SP
Nota do Conselho Superior da Magistratura
O Conselho Superior da Magistratura do Tribunal de Justiça de São Paulo recebeu com surpresa a notícia das declarações atribuídas à ministra Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça, identificando dificuldades no seu relacionamento com Conselho Nacional de Justiça.

Como é de conhecimento público, este Tribunal tem desenvolvido todos os esforços para procurar dar atendimento às Metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça, coincidentes, em geral, com as do próprio Tribunal de São Paulo.

Por essa razão, em março de 2011, seu Órgão Especial editou a Resolução nº 542, fixando critérios para o mais pronto julgamento de todos os recursos distribuídos no Tribunal até dezembro de 2006, relativos à Meta 2 do CNJ.

Aliás, atualmente, desenvolve-se no Estado de São Paulo, por deliberação do CNJ, prolongado mutirão carcerário, destinado a verificar a situação de todos os processos de execução criminal em andamento, sendo certo que, antes disso, com objetivo equivalente, em relação a processos a envolver a Justiça da Infância e Juventude, se desenvolvem, em conjunto com aquele CNJ, evento semelhante.

As duas medidas, como visto, implantadas no Estado por iniciativa do CNJ, mereceram o descrito apoio material e humano do Tribunal de Justiça de São Paulo.

O Conselho Superior da Magistratura, por fim, registra ter recebido várias menções elogiosas que lhe foram dirigidas pela própria Ministra Corregedora Nacional, em razão atuação deste Tribunal, que, assim, não se tem se mostrado fechado ou refratário a iniciativas do CNJ.

Nota da Anamages
Matéria divulgada na Folha" e no ConJur, trazem a público declarações da Ministra Eliana Calmon que, mais uma vez, sem qualquer respeito à ética exigida pelo Conselho Nacional de Justiça de todos magistrados, e ela o é de carreira, faz acusações torpes aos magistrados brasileiros.

Generalizando a expressão "bandidos atrás da toga" a todos atinge – ela também faz parte da mesma magistratura a que tanto ataca.

O Min. Cezar Peluso, em recente audiência, informou que desde 2002 o CNJ processou 44 magistrados, com a maior parte dos procedimentos sendo arquivado. A Sra. Corregedora aumenta tal quantidade, em verdadeiro apelo midiático.
Tudo, quem sabe, prende-se a sua vontade de que o CNJ continue a extrapolar suas funções agindo disciplinarmente de forma concorrente com os Tribunais, quebrando o pacto federativo e a matéria está na pauta de amanhã, no STF.
Quando uma magistrada de carreira assumiu o cargo, pensavamos todos nós que a Corregedoria se voltaria à grave falta de estrutura do 1º Grau e que combateria, também, eventuais excessos de gastos daquele Conselho. Não, nada disso aconteceu.

Recentes matérias informam os gastos elevados Conselho com coisas que não lhe dizem respeito, outras sim. Gastam-se com multirões, cujas ações seriam de alçada do Executivo e campanhas outras, mas a realidade do 1º Grau continua e a cada dia pior – faltam funcionários e muitas varas só não fecham, melhor dizer comarcas, porque os Prefeitos emprestam servidores; comarcas que sequer possuem internet, mas se quer informatizar os processos. Muito mais se poderia falar sobre as ações que deveriam estar sendo desenvolvidas pela Corregedoria e não o são.

Entretanto, bandidos são os magistrados!

Juízes são seres humanos e passíveis de erros. Contudo, em um universo de mais de 16.000, apenas 44 foram alvo de denúncias e processos. Todos nós queremos, desejamos e cobramos retidão, bem como a severa punição daqueles que desonram a toga, depois de devido processo legal e ampla defesa.
O que não se admite é a acusação torpe, genérica, desenfreada, sem a compostura que se exige do magistrado.

Mais uma vez se lastima e se repudia a conduta da Exma. Sra. Corregedora Nacional de Justiça que, ao invés de prestar um serviço à Nação culmina por denegrir a imagem do Poder a que pertence.

Exa. dê os nomes, acuse formalmente e terá todo nosso apoio. Mas, acuse com indícios de provas e respeitando a honra, a dignidade, o processo legal, ampla defesa e o contraditório, direitos fundamentais encartados no art. 5º da Constituição Federal e que protege TODO CIDADÃO BRASILEIRO OU QUE AQUI VIVE.

Brasília, 27 de setembro de 2011.
Antonio Sbano
Presidente da Anamages

Revista Consultor Jurídico, 27 de setembro de 2011

Fonte:CONJUR

ANAMATRA REPUDIA DECLARAÇÕES DE ELIANA CALMON

"CNJ É IMPORTANTE PARA MAGISTRATURA", AFIRMA NOTA

O presidente da Anamatra, Renato Henry Sant’Anna, manifestou na tarde desta terça-feira (27/9) repúdio às declarações da Corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, que afirmou à imprensa haver “juízes bandidos infiltrados no Judiciário, escondidos atrás das togas”. Em nota, a entidade sustenta que "o CNJ é um órgão importante para a magistratura brasileira e vem cumprindo, no decorrer de seus seis anos de existência, o crucial papel de zelar pela melhoria contínua da prestação jurisdicional à sociedade brasileira, prezando sempre pelos princípios da moralidade, eficiência e efetividade".

Sant’Anna considerou as declarações uma afronta aos magistrados brasileiros. “Os milhares de magistrados brasileiros, em especial os mais de 3.600 Juízes do Trabalho associados da Anamatra, não aceitam conviver com as declarações injustas e despropositadas da ministra”, afirmou o presidente da Anamatra, segundo informou a assessoria da entidade.

Para o presidente da Anamatra, se a ministra conhece algum “bandido de toga”, deve cumprir seu papel de Corregedora e tomar as medidas cabíveis, que serão sempre e prontamente apoiadas pela esmagadora maioria de magistrados, homens e mulheres honestos, sérios e cumpridores de suas obrigações.

“Cumpre ao CNJ o importante papel institucional de preservação da boa imagem e da independência funcional dos juízes e da autonomia do Poder Judiciário. Acusações genéricas que atingem indiscriminadamente toda a magistratura não são admissíveis, em especial se desferidas pela Corregedora Nacional, a quem cabe a iniciativa de promover a instauração e instrução processual de eventuais deslizes”, disse Sant’Anna.

O presidente afirmou que a entidade não descarta a possibilidade de a tomada de medidas judiciais e administrativas para a salvaguarda da imagem do Poder Judiciário e seus Juízes.

Em julho, a Anamatra lançou nota para rebater declarações da ministra Eliana Calmon em julgamento de feitos no CNJ. Na ocasião, a corregedora criticou projetos de melhoria da estrutura da Justiça do Trabalho, com a criação de novas varas e cargos de magistrados e servidores.

Na ocasião, a Anamatra manifestou-se repelindo qualquer tentativa de imputar à Justiça do Trabalho traço de expansionismo irresponsável ou de não-observância de critérios técnicos em seu planejamento estratégico administrativo.

Eis a íntegra da nota divulgada nesta terça-feira pela entidade:

NOTA PÚBLICA

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), entidade que reúne mais de 3,6 mil juízes do Trabalho brasileiros, tendo em vista notícias sobre a atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), vem a público nos seguintes termos:

1 – O CNJ é um órgão importante para a magistratura brasileira e vem cumprindo, no decorrer de seus seis anos de existência, o crucial papel de zelar pela melhoria contínua da prestação jurisdicional à sociedade brasileira, prezando sempre pelos princípios da moralidade, eficiência e efetividade;

2 – A Anamatra, dentre todas as entidades associativas nacionais representantes da magistratura, foi a única associação de âmbito nacional a defender, publicamente, a criação do Conselho e a sua importância como instrumento de democratização e transparência do Poder Judiciário, inclusive perante o Supremo Tribunal Federal, quando sua constitucionalidade foi questionada em 2005 (ADI 3367);

3 – Entende a Anamatra que o CNJ, ao contrário de interferir na independência da magistratura, cuida justamente de preservá-la, estabelecendo políticas gerais e estratégicas da Administração Judiciária e avaliando socialmente a sua atuação, sem qualquer interferência na atividade jurisdicional;

4 – Não obstante a importância do CNJ para o Poder Judiciário brasileiro, a Anamatra entende oportuno retomar o debate em torno da democratização de sua composição e ressalta a importância de que a escolha de seus membros seja feita com a efetiva e direta participação de todos os juízes ali representados, através de eleições.

5 – Ressalta, por fim, que a atuação do CNJ é continuamente escrutinada pelo Supremo Tribunal Federal, órgão apto a dar os contornos legais de atuação do referido colegiado, sendo lamentável que eventuais e pontuais desacertos ou excessos sirvam de mote para inviabilizar a continuidade de sua plena atuação.

Brasília, 27 de setembro de 2011
Renato Henry Sant’Anna
Presidente da Anamatra

Fonte: BLOGDOFRED.FOLHA

AMB: "OS JUÍZES JÁ SÃO BASTANTE INVESTIGADOS"

ENTIDADE REFUTA DECLARAÇÕES DE CORREGEDORA DO CNJ

Sob o título "Exigimos respeito", a Associação dos Magistrados Brasileiros divulgou "Nota Pública" em que afirma não aceitar as declarações atribuídas à corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, "com graves ofensas à integridade da magistratura nacional". Assinada pelo presidente da entidade, desembargador Henrique Nelson Calandra, e pelo representante do Colégio dos Presidentes de Tribunais de Justiça, desembargador Otávio Augusto Barbosa, a nota afirma que "os juízes já são bastante investigados e vigiados pelas corregedorias locais, pelos advogados, pelas partes e pelo Ministério Público.

Eis a íntegra da manifestação:

NOTA PÚBLICA

EXIGIMOS RESPEITO

Em nome dos 14 mil Juízes brasileiros, a AMB não aceita, de forma peremptória, as declarações atribuídas à Corregedora Nacional de Justiça, Ministra Eliana Calmon, com graves ofensas à integridade da Magistratura nacional. Foram publicados ataques impróprios, sem nomes, sem provas e sem o legítimo e constitucional direito de defesa.

Exigimos respeito e reconhecimento ao papel imprescindível dos Magistrados na consolidação dos valores democráticos e sociais. Os Juízes prestam relevantes serviços à democracia e à sociedade brasileira, porém, se há desvios, eles devem ser apurados, e os responsáveis punidos, respeitando-se sempre o direito à ampla defesa, ao contraditório e ao princípio de presunção de não culpabilidade. Dedo apontado contra supostas irregularidades, não julgadas, é uma violação que fragiliza o Estado de Direito.

A AMB representa uma Magistratura séria, íntegra e devotada à causa da Justiça. Os Magistrados são cumpridores das leis, respeitam as decisões do STF e, principalmente, a Constituição. Respeitamos quaisquer investigações contra atos dos Juízes, desde que fundadas em fatos concretos e, preservando-se, sempre, o foro adequado e os direitos constitucionais do investigado.

A AMB manifesta ainda estranheza e perplexidade com a verdadeira campanha, orquestrada por alguns setores, com ares de intimidação sobre o Supremo Tribunal Federal, às vésperas do julgamento da ADI que argúi a inconstitucionalidade da Resolução 135, do Conselho Nacional de Justiça.

A AMB não pretende, como apontam alguns críticos, esvaziar ou cercear o trabalho do CNJ. Ao contrário, entende que tal resolução, inspirada nos antigos decretos, é que tenta amordaçar os Magistrados, ao afetar a independência de julgar, um princípio caro ao Estado de Direito e à democracia.

Em um regime democrático, o debate e o direito de recorrer à Justiça são juridicamente adequados e úteis à sociedade, quando persistirem dúvidas e conflitos. Os Magistrados, como quaisquer outros cidadãos, têm o direito de questionar e acionar a Justiça, quando julgarem que sua independência e prerrogativas estejam sendo ameaçadas.

Os Juízes já são bastante investigados e vigiados pelas corregedorias locais, pelos advogados, pelas partes e pelo Ministério Público.
A AMB defende a preservação de direitos assegurados na Constituição. Não pode o CNJ reduzir de 10 para 5 dias o prazo de defesa dos Magistrados, nem regular o afastamento de Juízes sem processo administrativo ou denúncia. Isso é matéria regulada na Loman e na Constituição.

O Judiciário e Magistrados independentes são o sustentáculo do Estado de Direito.

Brasília, 27 de setembro de 2011.

Henrique Nelson Calandra
Presidente da AMB

Desembargador Otávio Augusto Barbosa
Pelo Colégio dos Presidentes de Tribunais de Justiça

Fonte: BLOGDOFRED.FOLHA

ELIANA E OS "BANDIDOS ESCONDIDOS ATRÁS DA TOGA"

Em entrevista exclusiva concedida à Associação Paulista de Jornais, a corregedora nacional de Justiça elevou o tom das críticas ao movimento que pretende reduzir os poderes de fiscalização e julgamento do Conselho Nacional de Justiça. Ela considerou a iniciativa “o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga.” Eliana também esclareceu as iniciativas do CNJ para melhorar a atuação dos tribunais e agilizar a Justiça.

Eis a íntegra da entrevista:

Ao completar um ano à frente da Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a ministra Eliana Calmon, 66 anos, já traçou as metas para o restante de sua gestão, que se encerra em setembro do ano que vem: garantir aos Tribunais de Justiça autonomia financeira e estruturar as corregedorias dos tribunais estaduais. Com essas duas medidas, ela considera que sua missão estará completa e que será dado um grande passo para agilizar a Justiça, resolvendo problemas históricos de falta de estrutura, de verbas e de funcionários e prédios precários.

“Acho que o problema do Judiciário brasileiro ainda é gestão, mas já melhorou bastante. O CNJ veio para ensinar gestão ao poder Judiciário, mostrar como é que se gere e criar um padrão uniforme para todos os tribunais. Antes do CNJ, nós tínhamos 27 tribunais estaduais que eram ilhas isoladas”, disse a ministra, em entrevista exclusiva concedida à Associação Paulista de Jornais (APJ) em seu gabinete em Brasília (DF).

Fiel ao seu estilo de falar o que pensa e não se intimidar diante dos desafios, Eliana Calmon não poupou críticas ao Tribunal de Justiça de São Paulo. “Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ e o presidente do Supremo Tribunal Federal é paulista.”

Responsável por punir os juízes envolvidos em casos de corrupção e cobrar mais eficiência, a ministra mostrou indignação ao ser questionada sobre a pressão sofrida pelo Supremo Tribunal Federal para reduzir as competências do CNJ, proibindo-o de investigar e punir magistrados antes que as corregedorias dos tribunais de justiça dos estados façam este trabalho de apuração e julgamento. “Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga.”

Na entrevista, ela falou ainda sobre os projetos do CNJ para agilizar a Justiça e cobrou mobilização popular contra a corrupção na política. Leia abaixo os principais trechos.

APJ - Ministra, quais são as principais ações da senhora na Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça?

Eliana Calmon - Desde que assumi em setembro do ano passado, tenho entendimento de que a Corregedoria do CNJ não é para ter apenas função disciplinar. A Corregedora também tem por função orientar, direcionar, dirigir e facilitar da magistratura. Corregedoria é também corregência. Tenho trabalhado nestas duas posições. De orientação, de desmanchar os nós que se apresentam na condução da atividade jurisdicional e, ao mesmo tempo, a questão disciplinar dos magistrados que estão, de alguma forma, com algum problema no seu comportamento como julgador. Na questão de orientar e direcionar, temos diversos programas. Cito como exemplo o programa Justiça Plena, que nasceu a partir do interesse da Secretaria de Direitos Humanos por força de processos que o Brasil estava respondendo em cortes internacionais por estar transgredindo direitos humanos aos quais tinha se comprometido em priorizar a realização. Muitos dessas transgressões, indicados pela Corte Internacional, é no sentido de que os processos judiciais não estão andando. Como exemplo, crimes cometidos por milícias ou crimes praticados na área rural, que tiveram grande repercussão social, e que não andam. A partir daí que pediram a interferência da Corregedoria do CNJ. Aí que criamos este programa Justiça Plena e começamos a monitorar alguns processos que têm interesse grande, tem relevância e importância social e alguns deles que o Brasil tem interesse absoluto de resolver.

APJ – A Corregedoria do CNJ identifica os gargalos da Justiça e cria programas específicos para resolvê-los?

Eliana - Inclusive na questão até política. Passei isto tudo para o presidente do CNJ, que é o ministro Cezar Peluso. Ele deu todo o apoio e disse vamos para imprensa dizer quem é o vilão da história. A partir daí, o INSS pediu calma. Disse eu me rendo e vamos fazer parceria, vamos resolver. Para os juizados especiais federais traçamos a meta prioritária. Até dezembro, o INSS se comprometeu em cumprir todas as sentenças transitadas em julgado, todos os acordos e todas as decisões que o Supremo Tribunal Federal tomou em relevância. A meta 2 deste programa é para resolvermos no segundo semestre, que são todos os processos do Brasil que não dependem de decisões, mas sim de cálculos. Cálculos para saber quanto é o valor de cada aposentadoria. Em seis meses vamos resolver estes problemas. Traçamos metas e no cumprimento dessas metas vamos tirando o inchaço da Justiça. São pessoas, como no caso que citei do homem que esperava indenização há 40 anos, que nem tem mais esperança na Justiça. É aí que o CNJ entra. Quero destacar outro programa, que é o Pai Presente, para agilizar os processos de reconhecimento de paternidade. Temos índice de 30% que reconhece imediatamente que é o pai, manda fazer o registro e elimina a necessidade de processo judicial. De 40% a 50% os pais dizem que reconhecem os filhos se for feito o exame e mandamos fazer. Fica percentual pequeno depois da triagem, de 10% que dizem que só pagam se o juiz mandar. E aí damos sequência ao processo.

APJ - Na avaliação da senhora, quais são hoje os principais problemas do Judiciário brasileiro e como o CNJ tem atuado para ajudar a solucioná-los?

Eliana - Acho que o problema do Judiciário brasileiro ainda é gestão, mas já melhorou bastante. O CNJ veio para ensinar gestão ao poder Judiciário, como é que se gere, e criar um padrão uniforme para todos os tribunais. Antes do CNJ, nós tínhamos 27 tribunais estaduais que eram ilhas isoladas, cuja informática não se comunicava porque os sistema eram incompatíveis. Hoje, estamos marchando para estabelecer uma só forma de todos administrarem o precatório, uma só forma de todos terem o controle interno, uma só forma de ter um sistema de servidores públicos. Assim, vamos administrando esta parte, uniformizando e criando metas a serem alcançadas.

APJ - Como o CNJ identifica os problemas e onde é preciso mais investimento para agilizar a Justiça?

Eliana - Através de inspeções. Isso nós fazemos, é um trabalho constante. Nossa equipe é muito pequena e nos ressentimos disto. Temos apenas 40 pessoas, contando com os juízes e comigo. Muito pouca gente, mas o que vamos fazer? Inclusive, quando vamos para inspeção, começamos também a fazer a triagem de problemas disciplinares. Magistrados que não estão cumprindo seus deveres, processos que estão paralisados por vontade própria e que estão guardados nas prateleiras, dentro dos armários. Temos encontrado muitas coisas feias, que as corregedorias são incapazes de tomar partido, muitas vezes por corporativismo e outras vezes porque o plenário não dá guarida ao corregedor. O Órgão Especial não deixa ou não tem quórum para condenar o juiz, muitas vezes por fatos gravíssimos.

APJ- Pegando o exemplo de São Paulo, onde faltam prédios, juízes e estrutura, como a senhora faz? A senhora cobra do governador mais recursos para o Tribunal de Justiça?

Eliana - Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ e o presidente do Supremo Tribunal Federal é paulista.

APJ - Como resolver isto? A senhora tem tentado?

Eliana - Tenho sensibilizado e monitorado. Ficam dizendo assim sobre mim: ela vem. De vez em quando, eu vou lá e faço uma visita de cortesia. É muito difícil. Eu só posso fazer uma inspeção em São Paulo pontual. Por exemplo, eu vou para as varas de execução penal ou para as varas de recuperação judicial, onde existem muitos problemas. Mas fazer uma inspeção geral não dá porque São Paulo é um monstro. Quando eu assumi a corregedoria no ano passado, o ministro Gilmar Mendes me disse o seguinte: se você não resolver o problema de São Paulo, você não resolve nada. Porque São Paulo representa 60% dos processos ajuizados no Brasil. Lá é hermético. Eles não informam para o CNJ os valores pagos para os desembargadores. De qualquer forma, São Paulo tem uma coisa de boa. São Paulo tem um órgão de controle dos juízes de primeiro grau muito bom, com muita estrutura. Então, não me preocupo tanto. Há corporativismo, há coisas equivocadas e tal, mas não me preocupo tanto. A minha preocupação são tribunais que estão absolutamente sem controle, inclusive na questão disciplinar. Bato muito nesta tecla. As corregedorias estaduais não são capazes de cumprir seu papel. Não têm o apoio necessário dos membros do tribunal, não têm estrutura adequada, o corregedor muitas vezes não tem quadro de pessoal nem verba própria, as corregedorias estão desestruturadas. E o que pior, as corregedorias não têm continuidade. Como não têm quadros próprios, cada corregedor que chega traz seu pessoal e está sempre começando. Então, minha luta hoje é estabelecer quadros próprios para as corregedorias, de tal forma que os servidores da corregedoria fiquem como servidores de corregedoria. E que as corregedorias tenham orçamento próprio, para o corregedor saber o que vai fazer e elaborar seus projetos. A corregedoria tem que ser um órgão dissociado dos demais.

APJ - A senhora já conversou sobre isto com a presidente Dilma?

Eliana - Com a presidente Dilma, não. Mas já conversei com os corregedores, com os presidentes dos tribunais de justiça, que não querem naturalmente. Mas vou levar este projeto para o Tribunal Pleno do CNJ para ver se conseguimos impor esta situação aos tribunais de justiça.

APJ - Nas cidades do interior, há pequeno número de varas federais e de defensores públicos. Como melhorar esta situação?

Eliana - Na Defensoria Pública, há déficit mas é uma luz no fim do túnel. São Paulo foi o último estado a ter defensor público. Tinha ser o primeiro, o carro-chefe, pela estrutura que tem. Mas temos que ter um pouco de paciência, porque não dá para ter tudo. A estrutura da Defensoria Pública Federal está melhorando também.

APJ - Apesar de já ter projetos atualmente em discussão no Congresso Nacional, a modernização dos códigos Civil e Penal tem demorado para ser implementada. Por que isto acontece e quais mudanças que estão em discussão a senhora destaca como mais importantes?

Eliana - Todo código é muito demorado. Quando se faz a lei, ele já está defasado. Com a velocidade da vida, os códigos ficam envelhecidos. Acho que as codificações pegam por interesses que nem sempre são da Justiça. Acho que o processo penal brasileiro está em absoluta crise, porque tem prevalecido teses jurídicas dos grandes escritórios de advocacia.

APJ - O que pode ser modernizado?

Eliana - Primeiro, o Foro Especial. O tamanho dele é absurdo. Segundo, esta plêiade de recursos. Ninguém aguenta mais. Hoje no Brasil, você tem quatro instâncias. Até chegar à última instância, as pessoas já morreram e não aguentam mais esperar. E a corrupção dentro do poder Judiciário vem muito desta ideia. Na medida em que você demora muito na Justiça, você começa a criar os atritos e os problemas. Se for rápido, também dá ensejo a que exista menos recursos e menos corrupção. A corrupção também existe porque o processo demora tanto que neste interregno começa a haver uma série de incidentes. A Justiça é muito entupida porque um conflito na sociedade gera dez processos. Ninguém aguenta este grande número de recursos.

APJ - Há atualmente uma enorme pressão para que o STF reduza as competências do CNJ, proibindo-o de investigar e punir juízes acusados de corrupção e ineficiência antes que as corregedorias do tribunais de Justiça dos Estados façam este trabalho de apuração e julgamento. Por que há esta pressão e como a senhora se posiciona?

Eliana - Já disse e está em todos os jornais. Acho que isto é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga.

APJ - O CNJ tem enfrentado dificuldade para punir os casos de juízes e promotores acusados de corrupção? Por que?

Eliana - Já começa a ter dificuldade.

APJ - Como eliminar estas dificuldades?

Eliana - A palavra está com o Supremo Tribunal Federal.

APJ - O CNJ se dispôs a implantar nas cidades brasileiras varas específicas da Lei Maria da Penha, que está completando cinco anos. Como está este trabalho, quais cidades já foram beneficiadas e quais estão em processo de instalação?

Eliana - O CNJ está devagar nesta parte, mas na realidade temos todo incentivo. Temos que deixar que os tribunais façam este trabalho. O CNJ faz a conscientização da necessidade de serem criadas estas varas da Lei Maria da Penha.

APJ - Como a senhora analisa os casos recorrentes de corrupção na política, principalmente no governo federal?

Eliana - Estamos em uma intimidade indecente entre cadeia de poderosos e isto tudo está acontecendo em razão de um esgarçamento ético muito grande. Não existem culpados. A sociedade caminhou para este grande abismo e hoje precisa resgatar isto. Está difícil resgatar porque na sociedade capitalista o valor maior é o dinheiro. E as pessoas só entendem esta linguagem. A linguagem moral e ética é uma linguagem fraca dentro de uma sociedade de consumo. Mas chegamos a um estágio de tanto esgarçamento que ou partimos para uma posição de radicalizar uma providência contra a corrupção ou nós não vamos sobreviver como nação civilizada. Estamos pagando muitos impostos e esses impostos estão indo pelo ralo. E uma sociedade tranquila como a brasileira, uma sociedade meio anestesiada, quase que já se banalizou a corrupção. Mas a sociedade já está mostrando muita impaciência. Acredito que já estamos chegando ao fundo do poço e, quando isto acontece, temos que partir para decisões muito drásticas. O que não é bom para a democracia, mas às vezes é necessário.

Fonte: BLOGDOFRED.FOLHA

SUSPEITO DE MANDAR MATAR JUÍZA É EXONERADO NO RIO

O tenente-coronel Cláudio Luiz Oliveira, que comandava o 22º Batalhão da Polícia Militar do Rio, na Maré (zona norte), foi exonerado do cargo nesta terça-feira (27/9). Oliveira é suspeito de ser o mandante da morte da juíza Patrícia Acioli, que foi baleada quando chegava em sua casa, em Niterói (região metropolitana do Rio), no mês passado.

De acordo com a PM, o oficial está detido desde a madrugada na carceragem do Batalhão de Choque. Na época do assassinato, Oliveira era comandante do 7º Batalhão, em São Gonçalo, cidade onde a juíza atuava.

Mais três militares suspeitos de envolvimento no crime estão presos: o tenente Daniel Santos Benitez Lopez e os cabos Sérgio da Costa Júnior e Jefferson de Araújo Miranda. A pedido do Ministério Público do Rio, eles foram transferidos na semana passada da Unidade Prisional da PM, em Benfica (zona norte), onde estavam detidos, para unidades separadas. O objetivo é evitar que combinem o que dizer nos depoimentos.

A suspeita sobre o tenente-coronel surgiu após depoimento de um dos policiais à Justiça. Ele acusou o ex-comandante de ser o mandante do crime. Segundo a investigação feita até agora, a motivação do assassinato da juíza está relacionada à morte do jovem Diego Beliene, 18 anos, durante uma operação policial.

Os envolvidos neste crime, lotados no Batalhão de São Gonçalo, eram investigados pela suspeita de terem forjado a morte de Beliene como sendo "auto de resistência", como são classificadas pela PM as mortes de suspeitos em confrontos. Com informações da Agência Brasil.

Revista Consultor Jurídico, 27 de setembro de 2011

Fonte: CONJUR

QUATRO AÇÕES QUESTIONAM NO STF O CORTE NO ORÇAMENTO

Diversas entidades que representam servidores do Ministério Público Federal e da Justiça Federal levaram ações ao Supremo Tribunal Federal para contestar os cortes que o Poder Executivo fez ao Projeto de Lei do Orçamento de 2012. Na última sexta-feira (23/9), a quarta ação foi apresentada pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União (Sinasempu).

A entidade afirma que a atitude da presidente da República, Dilma Rousseff, e da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, atentam contra a autonomia administrativa e financeira do Ministério Público da União. Por isso, pede que se determine a inclusão, no Projeto de Lei do Orçamento de 2012, das despesas necessárias para a aprovação do Projeto de Lei 2.199/2011, que prevê o reajuste dos servidores do MPU.(CONJUR) Leia a matéria completa...

MINISTRO PELUSO ABRE SESSÃO DO CNJ COM NOTA DE ESCLARECIMENTO

Na abertura da 135ª sessão plenária, na manhã desta terça-feira (27), o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, leu nota de esclarecimento sobre notícias veiculadas hoje na imprensa relativas ao Conselho Nacional de Justiça.

Abaixo a íntegra da nota:

A respeito de declarações publicadas em jornais desta data, que de forma generalizada ofendem a idoneidade e a dignidade de todos os magistrados e de todo o Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça, no exercício do dever constitucional de velar pela integridade da magistratura, repudia, veementemente, acusações levianas que, sem identificar pessoas, nem propiciar qualquer defesa, lançam, sem prova, dúvidas sobre a honra de milhares de juízes que diariamente se dedicam ao ofício de julgar com imparcialidade e honestidade, garantindo a segurança da sociedade e a estabilidade do Estado Democrático de direito, e desacreditam a instituição perante o povo.

Reafirma, ainda, o compromisso permanente da magistratura nacional com os preceitos éticos e jurídicos que devem governar o exercício da função judiciária, bem como a apuração e punição rigorosas de qualquer desvio funcional.

Reitera, por fim, seu extremo respeito ao Supremo Tribunal Federal, cujas decisões serão, como não pode deixar de ser, objeto de estrito cumprimento e obediência.

Assinam a nota o presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso, e os conselheiros Carlos Alberto Reis de Paula, José Roberto Neves Amorim, Fernando da Costa Tourinho Neto, Ney José de Freitas, José Guilherme Vasi Werner, Sílvio Luís Ferreira da Rocha, Wellington Cabral Saraiva, Gilberto Valente Martins, Jorge Hélio Chaves de Oliveira, Marcelo Nobre e Bruno Dantas.

Fonte: Agência de Notícias do CNJ/STF

NOTA DE DESAGRAVO-PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO E DO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO E DO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO, a Ministra Vice-Presidente, o Ministro Corregedor Geral da Justiça do Trabalho e os Ministros que subscrevem a presente nota, a propósito de declarações publicadas nos jornais que circulam hoje no País, em que se assaca acusação leviana e genérica à honorabilidade dos magistrados brasileiros, vêm a público:

1. expressar a indignação e o repúdio veementes dos magistrados do trabalho brasileiros, convictos de que desvios funcionais pontuais têm sido apurados pelos órgãos competentes, inclusive o Conselho Nacional de Justiça;

2. manifestar desconforto e constrangimento pela ofensa graciosa e inominada à honradez de todos os magistrados brasileiros e à credibilidade do Poder Judiciário nacional e, assim, ataque intolerável a um dos pilares da Democracia e do Estado de Direito;

3. reiterar respeito e confiança inquebrantáveis nas Instituições republicanas, em especial às decisões do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça;

4. externar solidariedade aos magistrados brasileiros, em particular aos magistrados do trabalho, profissionais honrados, probos, éticos e extremamente compromissados com a causa da Justiça.

Brasília, 27 de setembro de 2011

João Oreste Dalazen - Presidente
Maria Cristina Irigoyen Peduzzi – Vice-Presidente
Antônio José de Barros Levenhagen - Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho
Milton de Moura França
Carlos Alberto Reis de Paula
João Batista Brito Pereira
Renato de Lacerda Paiva
Emmanoel Pereira
Lelio Bentes Corrêa
Aloysio Corrêa da Veiga
Horácio Raymundo de Senna Pires
Rosa Maria Weber Candiota da Rosa
Luiz Philippe Vieira de Mello Filho
Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira
Maria de Assis Calsing
Dora Maria da Costa
Pedro Paulo Teixeira Manus
Fernando Eizo Ono
Guilherme Augusto Caputo Bastos
Márcio Eurico Vitral Amaro
Walmir Oliveira da Costa
Mauricio Godinho Delgado
Kátia Magalhães Arruda
Augusto César Leite de Carvalho
José Roberto Freire Pimenta
Delaíde Alves Miranda Arantes

Fonte: TST