segunda-feira, 26 de setembro de 2011

NOS DIAS 27 E 28, É PARALIZAÇÃO DE 48 HORAS EM TODO O PAÍS, RUMO À CONSTRUÇÃO DA GREVE POR TEMPO INDETERMINADO

Fenajufe orienta que sindicatos preparem movimento com a categoria e deflagrem greve até o dia 18 de outubro

BRASÍLIA – 23/09/11 - Agora não há mais o que esperar e até o dia 18 de outubro todos os sindicatos filiados à Federação devem deflagrar a greve por tempo indeterminado em seus estados. Essa é a avaliação e a orientação da Fenajufe, que se reuniu na última quarta-feira [21], para avaliar os desdobramentos da semana e o resultado do quadro de mobilização, em especial da greve de 24 horas realizada em alguns estados. Diante dos fatos ocorridos no mesmo dia, quando a sessão da Comissão de Finanças e Tributação [CFT] havia sido cancelada, adiando ainda mais a votação do PL 6613/09, e também depois de a presidente Dilma Rousseff manter sua posição de não enviar a mensagem modificativa para incluir a previsão orçamentária do Plano na proposta da LOA, a Fenajufe avalia que a saída para a categoria, no momento, é a intensificação da luta, visando à deflagração da greve até o dia 18 de outubro. Para isso, nos próximos dias os sindicatos, em todo o país, precisam promover assembleias e debater com a categoria a verdadeira situação de dificuldades que se encontram as negociações em torno do PCS. O objetivo é conscientizar a todos que somente uma greve forte e unificada será capaz de garantir a aprovação do reajuste salarial.

Antes da greve por tempo indeterminado, no entanto, a categoria tem outro compromisso com o calendário de luta indicado pela Federação. É a paralisação de 48 horas nos dias 27 e 28 de setembro, que precisa ser ainda maior do que a greve de 24 horas na última quarta-feira [21], quando poucos sindicatos seguiram a orientação nacional. Nesse dia, apenas os servidores do Maranhão, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio de Janeiro e do Amazonas, juntamente com os colegas da Bahia e de Mato Grosso [que continuam em greve], paralisaram seus trabalhos durante todo o expediente. Em alguns outros estados, houve paralisação parcial e assembleias para debater o calendário da Federação.

Para a greve da próxima semana, a Fenajufe tem informações que alguns estados já decidiram paralisar os trabalhos, mas a orientação é que todos convoquem a categoria para mais essa agenda de luta. Até o momento, há a confirmação de que Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Maranhão e Paraíba além dos dois estados que permanecem em greve [Bahia e Mato Grosso], já decidiram seguir o calendário da Fenajufe. Nesses lugares, a categoria vai parar durante os dois dias [27 e 28]. Em Minas Gerais e no Piauí, foi aprovada a paralisação de 24 horas e, em seguida, os servidores deverão avaliar a continuidade do movimento. Para a Fenajufe, esse quadro precisa aumentar até a semana que vem. Aqueles sindicatos que ainda não marcaram suas assembleias, devem convocá-las o mais breve possível, para discutir a paralisação de 48 horas e a deflagração da greve em outubro.

“Não temos dúvida que o momento exige um movimento coeso, em todo o país. Vários deputados consideram justa a nossa reivindicação, como nos disse o relator geral da LOA nesta quinta-feira [22], deputado Arlindo Chináglia. No entanto, sabemos que o reajuste salarial só será aprovado se sair um acordo entre o Executivo, o STF e a PGR. E, para que essas instituições se mexam e agilizem as negociações, temos que intensificar o processo de mobilização em nível nacional”, avalia Jean Loiola, coordenador de plantão esta semana.

O coordenador Antônio Melquíades [Melqui], após a reunião com Arlindo Chináglia, avaliou que o encontro foi produtivo, mas considerou que pela morosidade nas negociações é fundamental que a categoria se mobilize e faça uma greve muito forte. “O calendário de tramitação na Comissão Mista de Orçamento é muito apertado, principalmente o relatório de receitas, que é apresentado até o dia 11 de outubro e votado, com as respectivas emendas, no dia 14/10, portanto não dá para postergar mais as mobilizações, que têm que ser imediatas”, disse Melqui após a reunião, dando o recado à categoria sobre a necessidade da greve por tempo indeterminado.

Trabalho intenso na CFT e abaixo-assinado
Na reunião da última quarta-feira [21], a Diretoria da Fenajufe também avaliou que é preciso fortalecer as pressões em cima dos deputados da Comissão de Finanças e Tributação [CFT], para que votem ainda este mês os PCSs. Nesse sentido, a orientação é para que os sindicatos continuem enviando, à Brasília, representantes toda quarta-feira, para acompanhar as sessões da CFT até a aprovação do Plano.

A Federação enviou também, junto com Informa desta sexta-feira [23], um abaixo-assinado, que será encaminhado ao governo federal, ao Legislativo e às cúpulas do Judiciário Federal e do MPU. Os sindicatos devem percorrer todos os locais de trabalho, em cada estado, e também distribuir na sociedade, visando pegar assinaturas do maior número possível de pessoas, entre servidores e a população em geral. Em seguida, o abaixo-assinado, com todas as adesões, terá que ser enviado de volta para a Fenajufe.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

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