Reunião para discutir um
acordo está marcada para as 15h30. A proposta do governo pode ser votada
em sessão extraordinária. A pauta das sessões ordinárias está trancada
por seis MPs
BRASÍLIA – 14/02/12 - Os líderes
partidários decidem hoje [14], em reunião marcada para as 15h30 no
gabinete da Presidência, se votam o projeto de lei do Executivo [PL
1992/07] que cria o regime de previdência complementar para o servidor
civil federal. A proposta, que pode ser votada em sessão extraordinária,
é a prioridade do governo, mas mesmo partidos da base, como o PDT, são
contrários à votação da matéria nesta semana.
O PSDB já havia
proposto votar o projeto depois do carnaval, mas o governo não
concordou. Na semana passada, não houve acordo para votar a proposta.
Alguns partidos já anunciaram que vão obstruir a votação, se o governo
insistir em analisar a proposta nesta semana.
O texto que será
votado é um substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família,
apresentado pelo relator, deputado Rogério Carvalho [PT-SE]. Serão
criados três fundos [um para o Executivo, um para o Legislativo e outro
para o Judiciário] de previdência complementar com participação do
servidor e do governo, que cedeu nas negociações e aceitou aumentar de
7,5% para 8,5% a alíquota máxima que pagará enquanto patrocinador dos
fundos.
As novas regras valerão para os servidores que
ingressarem no serviço público depois do funcionamento dos fundos. Eles
receberão o teto da Previdência Social [atualmente, R$ 3.689,66] ao se
aposentarem mais o benefício complementar se participarem dos fundos.
Votação depois do carnaval
O
relator da proposta na Comissão de Seguridade Social e Família,
deputado Rogério Carvalho [PT-SE], disse ontem que a votação do PL
1992/07 deve acontecer somente depois do carnaval. Ele é autor do
substitutivo que vai nortear a votação no Plenário. Para facilitar a
aprovação do texto, Carvalho informou que deverá acolher novas emendas
de Plenário, fora as três já incorporadas ao texto.
Os deputados
apresentaram 36 destas emendas. Segundo informações da Agência Câmara,
Carvalho deverá reuni-las em uma única “subemenda de relator”. Na
opinião dele, não restam mais pontos complexos para negociação. A
disputa em torno da votação se dá mais por motivos políticos do que
técnicos. “O texto reflete o entendimento da maioria dos parlamentares e
partidos”, disse o relator.
Fonte: AGÊNCIA CÂMARA/FENAJUFE
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