quinta-feira, 8 de março de 2012

HISTÓRICO 8 DE MARÇO: DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica têxtil, situada na cidade norte americana de Nova Yorque, por terem entrado em greve reivindicando melhores condições de trabalho, tais como a redução de mais de 16 horas de trabalho por dia, para 10 horas, equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente em 1910, durante a Conferência Internacional de Mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, o 8 de março como “Dia Internacional da Mulher”. 

Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. 

Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há ara ser modificado nesta história.

O 8 de março é um marco simbólico para as várias conquistas das mulheres que merecem ser comemoradas, tais como, comemorem-se: o direito ao voto (1932); a conquista da prática e competição nos esportes (1924); entrar no mercado de trabalho; o divórcio; poder ser eleita para governo; evitar a gravidez (com métodos contraceptivos); usar calças compridas; poder matricular-se em curso superior; quando casada, a mulher passa a ter os mesmos direitos do marido no mundo civil; ser livre para adotar ou não o nome do marido; receber salários mais próximos dos pagos aos homens; quando lésbicas, as mulheres passaram a ser menos discriminadas, diminuição da quantidade de homens saindo livre de tribunais depois de matar mulheres. E o que parecia mais difícil, chegar a cargos executivos. 

A visão da “mulher independente” está mais explícita, e tão explícita quanto ela está a necessidade de avançar mais e mais em suas conquistas, ampliando assim os direitos humanos, principalmente com relação a violência física e doméstica contra a mulher. Assim, lembramos que a guerra travada não é a chamada “guerra dos sexos”, mas sim da conquista de espaço dentro da sociedade. 

Marcos das Conquistas das Mulheres na História 

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres. 
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos. 
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres. 
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia. 
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs. 
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas 
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres 
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina. 
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças 
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina 
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

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