segunda-feira, 10 de outubro de 2011

JUÍZES DO CNJ QUEREM LIMITAR AÇÃO DE ELIANA CALMON

AUTOR DE NOVA PROPOSTA RASCUNHOU NOTA LIDA POR PELUSO

Sob o título "Juízes do CNJ articulam cabresto em Calmon", reportagem de Felipe Recondo no jornal "O Estado de S. Paulo" informa neste sábado (8/10) que "os magistrados que dominam hoje o Conselho Nacional de Justiça articulam uma proposta para colocar um cabresto na corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon".

"Com o discurso de que pretende preservar os poderes do CNJ, o conselheiro Sílvio Rocha, juiz federal de São Paulo, quer que todas as investigações, antes de serem abertas, sejam submetidas ao plenário do Conselho. Composto em sua maioria por magistrados, o plenário diria o que pode ou não ser investigado".

Ainda segundo o jornal, "o novo texto deixaria a Corregedoria Nacional nas mãos do plenário do CNJ e de seus interesses corporativos. Antes de abrir uma investigação, a Corregedoria teria de submeter a abertura de sindicância aos colegas. Se não concordassem com a investigação, mesmo que preliminar, poderiam simplesmente arquivá-la. Enterrariam a apuração das irregularidades já no nascedouro".

O juiz Sílvio Rocha disse ao jornal que somente se manifestará depois de submeter a proposta aos colegas.

Em texto sob o título "Juízes reagem a crítica de corregedora que vê 'bandidos de toga", o repórter destacou em 28/9 no mesmo jornal a atuação do magistrado federal na sessão em que o presidente do CNJ, Cezar Peluso, comandou a reação à entrevista da corregedora nacional, Eliana Calmon:

O conselheiro Sílvio Rocha propôs então que o CNJ produzisse uma nota oficial. Ao mesmo tempo, Eliana poderia explicar publicamente suas declarações. "Uma nota é o mínimo que o conselho pode fazer", reagiu Peluso.

Ainda segundo Recondo, o ministro "pediu o rascunho de nota que estava sendo gestado por Sílvio Rocha e, de próprio punho, escreveu o texto que seria aprovado".

Fonte: BLOGDOFRED.FOLHA

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