sexta-feira, 4 de novembro de 2011

EM SÃO PAULO, SERVIDORES COBRAM DE PELUSO UMA POSTURA MAIS FIRME EM RELAÇÃO AO PCS

Questionado por diretor do Sintrajud, presidente do STF teria dito que está fazendo a sua parte

“Estamos cobrando”. Essa foi a frase do ministro Cezar Peluso, presidente do STF, ao diretor do Sintrajud Erlon Sampaio. Questionado sobre a não evolução das negociações em torno do PL 6613/09 com o Executivo e o Legislativo, o ministro teria dito que está fazendo a sua parte.

A pergunta foi feita no Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), no começo da noite de segunda, dia 31. O ministro fez uma palestra sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz os recursos no trâmite judicial. O nome da palestra não deixa de ser curioso: “A PEC do Peluso”.

Erlon disse ao ministro: “Não foi incluída na LOA a emenda que garante o reajuste do Judiciário. O que o senhor pode fazer? A gente queria que o senhor cobrasse do Legislativo e do Executivo também.” E o ministro respondera: “Estou cobrando, estou cobrando”.

Com faixas, apitos e blusas para se protegerem do frio, um grupo de servidores estava na frente do prédio onde fica o iFHC, no Vale do Anhangabaú. Nem mesmo a fina garoa que volta e meia incomodava e a chuva que caiu pouco antes do ministro sair do prédio, desanimou a categoria.

“Diante dessa situação, a gente tem que cercar o Peluso, que é o chefe do Poder Judiciário, e cobrar dele uma postura firme e concreta, uma satisfação à categoria”, disse o diretor do Sintrajud e servidor da JT/ Barra Funda Tarcísio Ferreira.

Na opinião de Tarcísio, uma possível solução para o impasse instalado depende muito da posição do ministro. “A nossa dificuldade é ter que cobrar do governo (Dilma) o respeito à autonomia do Judiciário. Temos que pressionar também o Judiciário a se colocar à frente do processo, temos que cobrar do autor do projeto (PL 6613/09) um posicionamento a respeito dele”, disse.

Caê Batista

Fonte: SINTRAJUD

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