quarta-feira, 28 de setembro de 2011

BANCADA DO GOVERNO OBSTRUI NOVAMENTE SESSÃO DA CFT E PCS NÃO É VOTADO POR FALTA DE QUÓRUM

BRASÍLIA – 28/09/11 – Por falta de quórum, a sessão desta quarta-feira [28] da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara mais uma vez não votou os PLs 6613/09 e 6697/09, que revisam os PCSs da categoria. Além da ausência de vários membros da CFT, também contribuiu com o adiamento da votação a atitude do deputado Rui Costa [PT-BA], que novamente, com o apoio de outros colegas da Comissão, obstruiu a sessão, declarando que os deputados de sua bancada não votariam. O único deputado petista que votou no requerimento de inclusão dos projetos na pauta foi o relator do PL 6613/09, Roberto Policarpo [PT-DF].

O deputado baiano já havia dito a dirigentes sindicais da categoria, em contatos feitos nas últimas semanas, que se depender dele o projeto só será votado quando houver um acordo entre a cúpula do Judiciário, o Executivo e o Legislativo para que a previsão orçamentária seja incluída na Lei Orçamentária Anual de 2012. E, na sessão de hoje, ele novamente declarou a obstrução, posicionamento também seguido pelos deputados do PTB e do PR. Da bancada do PT também obstruiu com ele o presidente da Comissão, Cláudio Puty [PT-BA], e os demais se ausentaram da sessão.

Ao encaminhar contrário ao requerimento do deputado Pauderney Avelino [DEM-AM], Rui Costa disse que os membros da CFT estão se empenhando para que seja finalizada a negociação entre os Poderes e finalmente saia um acordo pela adequação orçamentária e financeira dos projetos. No entanto, segundo ele, antes de votar os PCSs “é preciso garantir a viabilidade orçamentária junto à Comissão Mista de Orçamento”. “Há o entendimento dos membros da CMO de incluir a previsão do projeto na LOA. O Judiciário e o Executivo estão fazendo as conversas para chegar a um acordo, mas, dada a possibilidade de crise econômica, a situação está complicada. Essa solução tem que ser conjunta com a CMO. Não quero fazer disputa política aqui, por isso votaremos contra inclusão do PL na pauta”, declarou Rui Costa, sob protestos dos servidores que lotaram, mais uma vez, a sessão da CFT.

O requerimento de inclusão dos projetos na pauta da sessão, apresentado por Pauderney Avelino, teve o apoio de dez deputados. O único que votou contrário ao requerimento foi Edmar Arruada [PSC-PR]. Mas com a obstrução do PT, do PR e do PTB e com a ausência de vários membros da Comissão, mesmo o requerimento tendo sido aprovado, a sessão foi suspensa por falta de quórum. Para dar prosseguimento aos trabalhos era preciso ter a presença de 17 deputados.

Segundo o deputado amazonense, a votação dos projetos na sessão de hoje era importante para “dizer ao governo que esta Casa [Câmara] quer a aprovação do reajuste salarial dos servidores”. “Esse tema é da mais alta relevância. Há uma negociação cambaleante entre o Executivo e o Legislativo, então precisamos votar de imediato essa proposta”, disse Pauderney.

Greve em todo o país para forçar o acordo e a votação dos projetos
Diante do resultado da sessão de hoje da CFT e da intenção, declarada, de vários deputados de impedir o avanço dos projetos na Câmara, a Fenajufe reforça sua orientação para que todos os estados deflagrem a greve por tempo indeterminado nos próximos dias. De acordo com a Federação, somente uma luta forte em todo o país será capaz de pressionar o STF, a PGR, o Executivo e o Legislativo a fechar um acordo para aprovar os PLs 6613/09 e 6697/09. Por isso, os sindicatos já devem discutir com a categoria nas assembleias em seus estados o início do movimento grevista até o dia 18 de outubro, conforme orientação da Fenajufe.

Nesta terça e quarta-feira, em vários estados a categoria está com os trabalhos paralisados ou realizando atos públicos e assembleias. O objetivo é fortalecer as mobilizações para construir a greve por tempo indeterminado.

Além da construção da greve, os sindicatos devem intensificar os contatos com os deputados em seus estados e enviar representantes a Brasília na próxima quarta-feira [05], quando haverá novamente sessão da Comissão de Finanças e Tributação. Nas conversas com os parlamentares, é preciso convencê-los a participar da sessão e a votar em defesa dos servidores.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

Um comentário:

  1. Dia 18 de outubro "Inês já é morta". GREVE JÁ!

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/982509-servidores-da-justica-federal-em-sp-ameacam-entrar-em-greve.shtml



    Poder

    28/09/2011 - 18h26

    Servidores da Justiça Federal em SP ameaçam entrar em greve

    DE SÃO PAULO - Atualizado às 20h56.

    Os servidores do Judiciário Federal em São Paulo irão fazer nesta quinta-feira uma assembleia para decidir se entrarão em greve por tempo indeterminado.

    A reunião está marcada para as 14h na frente da sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS), que fica na avenida Paulista.

    Segundo o diretor do Sintrajud (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo) Adilson Rodrigues, os servidores já paralisaram suas atividades por 72 horas desde ontem e a reunião de amanhã servirá para deliberar sobre a continuidade ou não da paralisação. Segundo ele, outros dez Estados também aderiram à manifestação.

    Em 2010, os servidores fizeram uma greve de 69 dias para pedir aumento do salário. Em São Paulo, os funcionários da Justiça Estadual também fizeram uma paralização de 92 dias no ano passado.

    O Sintrajud afirma que os salários da categoria estão congelados desde 2006.

    "O Executivo não cumpre a Constituição ao desrespeitar a data-base dos servidores públicos", diz Rodrigues.

    A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) também ameaça entrar em greve.

    Como os servidores, os juízes voltaram a defender que o governo inclua o reajuste salarial do Judiciário no plano orçamentário de 2012.

    Na proposta enviada ao Congresso, o Planalto não havia previsto o reajuste. Após pressão, a presidente Dilma Rousseff encaminhou uma mensagem contemplando o aumento, mas depende da aprovação dos parlamentares.

    O Sintrajud também cobra do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso, uma postura efetiva em relação a decisão de Dilma.

    "Até agora o presidente do STF não agiu à altura de um chefe de Poder. Ao não exigir o orçamento necessário para a implementação da reposição salarial de seus servidores, ele se submete à política do Poder Executivo de manter o congelamento salarial", diz Adilson Rodrigues.

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