quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ANAJUSTRA OBTÉM NOVA VITÓRIA EM FAVOR DOS ASSOCIADOS

A Primeira Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região manteve a sentença favorável de 1° Grau à ação dos 13,23%, impetrada pela ANAJUSTRA em 2009. A ação garante aos associados o direito à revisão geral de remuneração no percentual de 13,23%, desde 01/05/2003 até a presente data. A decisão não é definitiva, cabendo recurso por parte da União ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o assessor jurídico da ANAJUSTRA, Ibaneis Rocha, a jurisprudência do TRF da 1ª Região vinha se posicionando de forma contrária. “Mas diante de um trabalho árduo de convencimento, com entrega de memoriais e sustentação oral, conseguimos mudar o posicionamento dos julgadores, que reconheceram ser incorreta a posição do Executivo em conceder revisão geral diferenciada, utilizando-se do subterfúgio do abono pecuniário”, completa.

Diante da decisão, a ANAJUSTRA relembra que todos os associados podem aderir à ação, inclusive novos associados, para que tenham o seu direito garantido e recebam o valor que é devido.

Os associados que desejam participar e ainda não enviaram autorização, deverão preencher o formulário de autorização e enviar, juntamente com a cópia de identidade e do CPF para a ANAJUSTRA, no endereço: SRTV Sul Quadra 701 - Ed. Assis Chateaubriand - Torre I - Sala 101/104 - CEP: 70.340-906, Brasília-DF.

FORMULÁRIO DE ADESÃO

FILIE-SE JÁ

Acesse a área restrita da ANAJUSTRA e confira no menu “Minhas ações” se já faz parte da ação.

Histórico

Em maio de 2003, foi promovida a revisão geral dos servidores públicos, mediante a edição das Leis nºs 10.697 e 10.698, que concederam a todos os servidores públicos federais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, das autarquias e das fundações públicas federais, o reajuste de 1%, a partir de janeiro de 2003 e a vantagem pecuniária individual – VPI de R$ 59,87, a partir de maio de 2003, respectivamente.

Essa sistemática ocasionou uma violação à Constituição Federal, que impõe uma estrita obediência à igualdade de índice de revisão geral, visto que o valor da VPI representou um reajuste nos menores salários no percentual de 13,23%. Nas demais carreiras, especialmente nas do Poder Judiciário e Legislativo, o referido valor não atingiu o mesmo percentual de reajuste.

Fonte: ANAJUSTRA

AGEPOLJUS ACOMPANHA SESSÃO NA CFT

Falta de quórum impossibilita apreciação de requerimento solicitando inclusão do PCS na pauta

Vários servidores do Judiciário Federal e MPU, como os membros da AGEPOLJUS, Fátima Arantes e Silvania Costa, assim como o assessor parlamentar Alexandre Marques, mais uma vez compareceram à sessão da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, hoje (30), para acompanharem a tentativa de inclusão e votação do PL 6613/09 na pauta. Mas o que viram foi uma disputa partidária acerca de um requerimento do deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) sobre uma suposta disputa entre Bancos para administrarem a folha salarial do funcionalismo público da Bahia. Após longo debate e votação, os deputados da base na CFT se retiraram da sessão. Fato que impediu a continuidade da votação dos demais projetos que constavam da pauta por falta de quórum para validar a votação.

A falta de quórum também inviabilizou a apreciação do requerimento de inclusão do PL 6613/09, em caráter extra pauta, do deputado Pauderney Avelino [DEM-AM], que cumpriu, assim, o prometido aos servidores semana passada.

Por Marcelo Bias

Fonte: AGEPOLJUS

SINDJUS-DF PROMOVE NA SEXTA REUNIÃO DO CONSELHO DE DELEGADOS DE BASE

BRASÍLIA – 30/11/11 - Na próxima sexta-feira [2], às 15 horas, o Sindjus-DF promoverá reunião do Conselho de Delegados Sindicais de Base. O objetivo do encontro é avaliar a paralisação de 24 horas, realizada nesta quarta-feira [30], e os trabalhos de pressão na Câmara e no STF. O Sindjus-DF ressalta que mesmo depois da aprovação das emendas orçamentárias na CCJ, o governo insiste em não incluir o PL 6613/09 no relatório da LOA-2012.

Até agora o ministro do STF Luiz Fux, relator do Mandado de Segurança que garante a proposta original do Judiciário na LOA-2012, continua esperando o parecer do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, comprometendo a aprovação do PL 6613/09. “Entramos em dezembro sem garantia alguma que nosso plano será aprovado este ano. Portanto, a reunião de delegados sindicais será decisiva para a construção da nossa estratégia”, ressalta a diretoria do sindicato.

Fonte: FENAJUFE/SINDJUS-DF

JUÍZES FEDERAIS DECLARAM APOIO À GREVE DOS SERVIDORES DE MINAS

BRASÍLIA – 29/11/11 – Nesta segunda-feira [28], o coordenador geral do Sitraemg-MG Hebe-Del Kader e o servidor da Justiça Federal de Minas Gerais Nestor Santiago, membro do Comando de Greve Estadual, tiveram duas reuniões no foro da Seção Judiciária de Minas Gerais, em Belo Horizonte, para tratarem da greve da categoria. Em ambas, pediram paciência e compreensão em relação à greve pelo PCS, lembrando que o movimento paredista encontra-se na reta final, tendo em vista o calendário de tramitação da Lei Orçamentária Anual [LOA] na Comissão Mista do Orçamento, cuja data limite será o dia 21 de dezembro. Sendo a verba do PCS incluída no orçamento, argumentaram, abre-se o sinal verde para aprovação do PL 6613/09 na CFT da Câmara dos Deputados.

Pela manhã, os servidores se reuniram com os diretores de Varas Federais e de Núcleos e com supervisores. Ouvidos os apelos dos colegas grevistas, os diretores e supervisores disseram reconhecer a legitimidade do movimento e constataram que estão sendo devidamente respeitadas as normas que regem a greve, inclusive o quantitativo mínimo de servidores exigido nas varas para atendimento dos serviços de urgência. Os representantes do sindicato e do Comando de Greve reivindicaram, ainda, a interlocução deles junto aos juízes, para que eles também compreendam melhor a necessidade da greve. Todos eles disseram estar à disposição do sindicato, prontos para colaborar.

No período da tarde, Hebe-Del Kader e Nestor Santiago se reuniram com os juízes federais. E de acordo com o sindicato, a boa receptividade foi a mesma. Todos os magistrados presentes afirmaram que o movimento grevista é legítimo e também se comprometeram a ser pacientes em relação à luta da categoria. Isto fica comprovado nos depoimentos de alguns dos magistrados presentes. Clique aqui e confira as declarações de apoio à greve.

Fonte: SITRAEMG-MG/FENAJUFE

BASE DO GOVERNO SE RETIRA DA SESSÃO DA CFT E INVIABILIZA QUÓRUM PARA VOTAR PROJETOS

Pauderney Avelino afirma que tentará incluir PL 6613/09 na pauta da próxima quarta

BRASÍLIA – 30/11/11 – Os deputados que pertencem à base aliada do governo na Comissão de Finanças e Tributação [CFT] da Câmara se retiraram da sessão desta quarta-feira [30], impedindo a continuidade dos debates e a votação dos projetos que constavam da pauta da reunião. A polêmica foi em torno do requerimento apresentado pelo deputado Pauderney Avelino [DEM-AM], pedindo que fosse convidado o ministro da Fazendo, Guido Mantega, para “prestar esclarecimentos sobre a suposta disputa entre Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para assumir a administração da folha salarial do funcionalismo público da Bahia”. O requerimento, primeiro item da pauta, também solicitava as presenças, no debate, dos presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendini, e da Caixa Econômica Federal, Jorge Fontes Hereda.

Após mais de uma hora de discussão sobre o assunto, tendo sido apresentadas várias posições contrárias às convocações, em especial a do ministro da Fazenda, os deputados se retiraram da sessão, antes da votação do requerimento. Mesmo o autor do requerimento tendo acatado a proposta de acordo para que fossem convidados apenas os presidentes dos bancos, os membros da CFT que pertencem à base aliada do governo no Congresso Nacional não concordaram com a votação e declararam que iriam obstruir a reunião. O requerimento foi colocado em votação, recebendo 12 votos favoráveis e 1 contrário, mas após a verificação de quórum foi constatado que não havia o número exigido pelo regimento interno da Casa para a votação ser considerada válida. A sessão, portanto, foi encerrada sem que os deputados apreciassem os demais itens da pauta.

Pedido de inclusão do PCS na pauta
Antes de iniciar a sessão, Pauderney Avelino [DEM-AM] apresentou requerimento solicitando a inclusão, extra pauta, do PL 6613/09, que revisa o PCS dos servidores do Judiciário Federal. O parlamentar já havia conseguido todas as assinaturas necessárias para o requerimento, cumprindo com o que havia prometido aos servidores na sessão da quarta-feira da semana passada, dia 23 de novembro. Devido à falta de quórum, o pedido, no entanto, não foi apreciado.

Em entrevista à redação da Agência de Notícias da Fenajufe, Avelino disse que na próxima semana pretende apresentar novamente o requerimento para garantir a inclusão do PL 6613/09 na pauta. “Eu já havia apresentado o requerimento, com todas as assinaturas necessárias. Mas por uma manobra da base do governo, ele não foi a voto. Mas na próxima semana eu pautarei novamente o assunto”, afirmou o deputado amazonense.

Pressão deve continuar
Servidores de vários estados que vieram a Brasília esta semana acompanharam a sessão da Comissão de Finanças desta quarta-feira [30]. Durante as mais de duas horas que permaneceram no plenário 4 da Câmara, eles gritaram palavras de ordem em defesa da aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09. O objetivo era garantir a inclusão do PCS na pauta e o apoio dos deputados à aprovação da revisão salarial da categoria.

Ao final da sessão, indignados com a obstrução feita pela bancada do governo, os manifestantes entoaram palavras de ordem e deram mostras que não irão desistir da mobilização enquanto o impasse em torno do reajuste não for solucionado. “Cinco anos não, reajuste na minha mão” e “Judiciário enfraquecido, bandidos fortalecidos” foram algumas das palavras ditas pelos servidores, que vieram de vários estados manter as pressões junto aos parlamentes.

A orientação da Fenajufe e do Comando Nacional de Greve é para que as mobilizações se intensifiquem em todo o país e as pressões aumentem em Brasília para garantir o fechamento de um acordo orçamentário entre os três poderes. Logo mais às 14h, haverá reunião da Diretoria Executiva da Fenajufe. Em seguida, às 16h, o Comando Nacional se reunirá para avaliar as atividades do dia e o resultado das articulações no Congresso Nacional.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

COMANDO NACIONAL DE GREVE RETOMA HOJE ATIVIDADES DE PRESSÃO NO CONGRESSO NACIONAL

Dirigentes da Fenajufe e representantes dos sindicatos entregam carta aos parlamentares da CMO pedindo aprovação da emenda aprovada na CCJ

BRASÍLIA – 29/11/11 – As pressões em cima dos parlamentares para garantir a previsão orçamentária dos planos de cargos e salários [PLs 6613/09 e 6697/09] na LOA de 2012 foram retomadas nesta terça-feira [29] por dirigentes da Fenajufe e representantes dos sindicatos em greve por tempo indeterminado. Na manhã de hoje, integrantes do Comando Nacional de Greve se reuniram na sede da Fenajufe para organizar as atividades do dia.

Nesta tarde, os servidores estão no Congresso, onde vão acompanhar a sessão da Comissão Mista de Orçamento [CMO] e também entregar carta aos parlamentes que integram a Comissão, pedindo que aprovem a emenda da CCJ da Câmara, prevendo valores para o pagamento, em 2012, de duas parcelas dos PCSs. Na carta, os servidores explicam que “o objetivo desta correspondência, é solicitar o apoio de V.Exa para a aprovação na Comissão Mista de Orçamento da emenda da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, seja recomendando ao Relator-Geral do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia [PT/SP] que a acate, seja votando pela sua aprovação, na hipótese de rejeição pelo relator-geral”. O texto ressalta, ainda, que “o atraso na aprovação dos projetos referidos decorre de uma série de mal entendidos, tanto do Poder Judiciário e do Ministério Público, quanto do Poder Executivo, que não se entendem quanto ao cumprimento da garantia constitucional de autonomia financeira e orçamentária desses poderes e órgãos”.

Na manhã desta quarta-feira [30], os servidores voltarão ao Congresso, para acompanhar a sessão da CFT [Comissão de Finanças e Tributação] da Câmara e da CMO. Eles manterão os trabalhos de pressões junto parlamentares, visando garantir apoios à inclusão dos valores dos PCSs no Orçamento do ano que vem.

Na avaliação do Comando Nacional de Greve, enquanto não houver nada de concreto em relação às negociações entre os três poderes a greve deve continuar e se intensificar em todo o país. Amanhã às 14h haverá reunião da Diretoria Executiva da Fenajufe. Em seguida, às 16h, o Comando Nacional se reunirá para avaliar as atividades do dia e o resultado das articulações no Congresso Nacional.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SERVIDORES DO STF CONVERSAM COM AYRES BRITTO

Em companhia dos servidores do Supremo, o coordenador-geral do Sindjus Cledo Oliveira participou, na na noite do dia 24, de uma reunião com o vice-presidente do STF, ministro Ayres Britto. O ministro demonstrou pleno conhecimento da necessidade do envolvimento do STF para garantir as decisões tomadas pela corte, incluindo a aprovação do plano de carreira de seus servidores. O ministro garantiu que tem falado em todos os espaços sobre o nosso projeto. Hoje, segundo Aires Britto, todos os ministros do Supremo consideram um grande prejuízo ao trabalho o fato de que estão perdendo quadros para outras carreiras públicas e para a iniciativa privada.

Segundo Ayres Britto o prazo para concretização do PL 6613/09 está se esgotando. Reconheceu que a decisão administrativa do Plenário do STF quanto à proposta orçamentária do Judiciário precisa ser respeitada e disse que caso o impasse continue é importante julgar o Mandado de Segurança impetrado pelo Sindjus.

Depois de conversarem com os ministros Marco Aurélio, Celso de Mello e Ayres Britto, a expectativa dos servidores é de que sejam recebidos nos próximos dias pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carmem Lúcia e Dias Toffoli.

Fonte: SINDJUS/AGEPOLJUS

CONCILIAÇÃO ZERO! A META É DO PCS!

NA SEMANA DA CONCILIAÇÃO, SERVIDORES DEVEM MOSTRAR QUE A META É O PCS

Na próxima semana, sindicatos devem aproveitar semana de trabalho do CNJ para mostrar indignação da categoria com demora na aprovação do PCS. O mote da campanha é “Conciliação zero: a meta é o PCS”

BRASÍLIA – 25/11/11 – Os servidores do Judiciário Federal, em greve por tempo indeterminado em todo o país, terão, na próxima semana, mais um espaço para mostrar à cúpula do Judiciário Federal sua indignação com a demora nas negociações para aprovar o PL 6613/09. Trata-se da 6ª edição da Semana Nacional de Conciliação, organizada pelo CNJ [Conselho Nacional de Justiça], de 28 de novembro a 2 de dezembro, em todo o país. Esse é um momento importante para o sistema capitalista, uma vez que bancos como Itaú e Santander, que lucram milhões de reais anualmente, todo ano figuram entre os principais litigantes neste evento. No entanto, embora os números apresentados pelo CNJ sejam “bonitos”, a Semana de Conciliação esconde uma dura realidade, funcionando, de fato, como um balcão de negócios em que o Poder Judiciário, que deveria resguardar os direitos dos trabalhadores, atua como um indutor para que a classe trabalhadora abra mão dos seus direitos em favor dos patrões que, exatamente por contarem com a Semana de Conciliação, negam os direitos dos trabalhadores.

A orientação da Fenajufe e do Comando Nacional de Greve, portanto, é que na semana que vem, os sindicatos intensifiquem suas mobilizações, visando aproveitar as atividades da Semana Nacional de Conciliação. Será uma ótima oportunidade para toda a categoria demonstrar a força de sua mobilização e o grau de indignação com a falta de uma atitude incisiva da cúpula do Judiciário para negociar, junto ao Executivo, um acordo que garanta a aprovação do PCS. Além disso, devem mostrar, por meio das diversas atividades de mobilização a ser realizadas, que os servidores não aceitam mais as met'as impostas pelo CNJ e querem a valorização da carreira, há cinco anos se reajuste salarial.

A Fenajufe orienta que na semana todos os sindicatos utilizem um mesmo mote, para que seja, de fato, uma campanha nacional. Por isso, a frase sugerida é: “Conciliação zero: a m'eta é o PCS!”, e deve estar nos materiais de todos os sindicatos nas mobilizações da semana que vem.

Outra orientação da Diretoria da Fenajufe é que na segunda-feira [28], dia que começa a Semana Nacional de Conciliação, as atividades se concentrem na Justiça do Trabalho e na Justiça Federal.

Em alguns estados, como em São Paulo e na Paraíba, os servidores já decidiram que vão atuar para tentar “inviabilizar” a Semana, uma vez que mais uma semana se encerra sem que um acordo para votar o PCS seja efetivamente fechado. A Fenajufe reforça, portanto, a orientação para que todos façam atividades nesse sentido, o que ajudará na intensificação da greve, naqueles estados que já estão paralisados, e reforçará as mobilizações, naqueles que ainda não aderiram ao movimento grevista nacional.

Da Fenajufe - Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

FENAJUFE REPUDIA TENTATIVA DO CSJT DE IMPEDIR OS SERVIDORES DE EXERCER O DIREITO CONSTITUCIONAL DE GREVE

BRASÍLIA – 25/11/11 – Ao publicar a resolução 86/11, o Conselho Superior da Justiça do Trabalho [CSJT] dá mostras de que democracia e diálogo não fazem parte de seu vocabulário. Utilizando-se de um entendimento oportunista de decisão do STF sobre a aplicabilidade do direito de greve no serviço público, os conselheiros decidiram mandar os tribunais regionais descontar os dias parados em decorrência da greve.

O CSJT é um dos autores do projeto de lei 6.613/09, que revisa os salários dos servidores. Durante esses quase dois anos de tramitação da proposta, os conselheiros pouco ou nada fizeram em defesa do PL. Agora, no entanto, buscam o caminho da penalização dos servidores que, sem alternativa, fazem um movimento paredista para que a questão orçamentária seja viabilizada.

A Fenajufe repudia qualquer tentativa de punição e criminalização dos servidores, que estão exercendo seu direito legítimo e constitucional de greve e fazendo uma pressão que seria desnecessária se a cúpula do Poder Judiciário tivesse cumprido seu papel em prol da correção de uma defasagem salarial que soma, ao longo dos últimos cinco anos, 32,25%.

Os conselheiros deveriam considerar esses fatos e lutar ao lado dos servidores pela dignidade e pela valorização do Judiciário. Às vésperas da Semana Nacional de Conciliação [de 28 de novembro a 2 de dezembro], utilizar-se de medidas autoritárias é, para dizer o mínimo, um contrassenso, pois pregam a conciliação e não sabem fazê-lo em sua própria casa. O CSJT vai de encontro à ação de várias administrações de tribunais que entendem que o caminho da negociação, do respeito e do reconhecimento do direito é o melhor e mais indicado para um Poder que tem por fim a justiça.

A assessoria jurídica nacional da federação está analisando quais as medidas cabíveis frente à resolução do CSJT. Independentemente disso, a federação afirma que a categoria não se deixará amedrontar. A greve seguirá com sua força crescente, em todo o país, pois nossa causa é justa e os servidores nunca recuaram da luta.

Fenajufe - Federação Nacional dos Servidores do Judiciário Federal e Ministério Público da União

Fonte: FENAJUFE

APÓS APROVAÇÃO DE EMENDA NA CCJ, PRESSÃO AGORA DEVE SER EM CIMA DA CMO PARA GARANTIR VALORES DOS PCSs NA LOA

Na próxima semana, sindicatos terão que voltar à Brasília para manter pressão no Congresso Nacional. Greve deve aumentar em todo o país

BRASÍLIA – 25/11/11 – A luta em defesa da aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09 teve nesta semana um avanço importante, como resultado das pressões da categoria, que se encontra em greve por indeterminado em todo o país. Trata-se da aprovação das emendas na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados prevendo a inclusão dos valores dos Planos de Cargos e Salários do Judiciário Federal e do MPU à proposta de Lei Orçamentária Anual de 2012, em tramitação na Comissão Mista de Orçamento [CMO] do Congresso Nacional. A proposta, aprovada por unanimidade na Comissão, pede a destinação de R$ 2 bilhões, sendo que parte desse valor será para pagar duas parcelas dos Planos em 2012, em janeiro e julho.

Na avaliação da Fenajufe, a conquista dessa emenda, articulada pela Federação e por integrantes do Comando Nacional de Greve na semana passada e nesta, é fruto da luta da categoria, que tem mantido a greve, apesar de todas as dificuldades, e reforçado as pressões junto aos parlamentares no Congresso Nacional. No entanto, a Fenajufe explica que a luta não se encerra agora, uma vez que a previsão orçamentária dos PCSs para 2012, prevista na emenda da CCJ, ainda precisa ser aprovada pelos membros da Comissão Mista de Orçamento [CMO]. Por isso, a greve precisa se intensificar na próxima semana, se fortalecendo nos estados que já estão com as atividades paralisadas e ampliando para aqueles que ainda não aderiram ao movimento. No momento, são 19 estados em greve por tempo indeterminado, com a adesão dos servidores das Justiças Federal e Eleitoral do Paraná a partir desta quinta-feira [24].

De acordo com o cronograma da CMO, as emendas de comissão, dentre as quais a aprovada no CCJ que prevê os valores dos PCSs, serão encaminhadas aos dez relatores setoriais, que terão até o 8 dia de dezembro para elaborar seus pareceres e colocar em votação. Segundo o assessor parlamentar da Fenajufe, Antônio Augusto Queiróz, o trabalho agora deve ser junto ao relator setorial, que no caso do Judiciário Federal é o senador Inácio Arruda [PCdoB-CE], pois ele recomendará a aprovação ou não das emendas de comissão. Depois dessa fase, os relatórios setoriais serão encaminhadas ao relator geral da LOA, deputado Arlindo Chináglia [PT-SP]. O relatório final deve ser votado na CMO até o dia 19 de dezembro e no plenário do Congresso Nacional até o dia 22. Segundo informações da Agência Câmara, na próxima segunda-feira [28], Chinaglia terá uma reunião com os relatores setoriais e com os coordenadores de bancadas estaduais, quando será apresentado quanto cada relator terá de um total de R$ 5,5 bilhões.

Antônio Augusto Queiróz explica que, em relação ao relator setorial, é preciso pedir que ele recomende ao relator-geral, deputado Arlindo Chinaglia, a aprovação da emenda, uma vez que ele, relator-setorial, não dispõe da prerrogativa de aprová-la em seu parecer. “Com o relator-geral o pedido deve ser no sentido de dar parecer favorável à emenda, incorporando-a integralmente ao seu parecer final. A emenda foi formulada corretamente e, caso não seja aceita pelo relator-geral, poderá ser destacada e votada pelos membros da comissão”, ressalta o assessor parlamentar da Fenajufe.

Além de pressionar os relatores setorial e geral da LOA, os servidores também terão que continuar os contatos com os demais integrantes da CMO, já que eles é que votarão o relatório final, antes da apreciação do Orçamento no plenário do Congresso Nacional. O trabalho continuará, portanto, na próxima semana, com a vinda de representantes dos sindicatos a Brasília. Na terça e na quarta-feira, dias 29 e 30 de novembro, os servidores terão que conversar com os parlamentares da CMO, da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara [CFT] e também com outros líderes de partido, em especial os da base do governo.

“É fundamental que as pressões sejam mantidas, nos próximos dias, com os parlamentes. A aprovação da emenda na CCJ já foi uma vitória importante da categoria, mas a conquista final só ocorrerá quando finalmente os projetos forem aprovados, com sua previsão incluída no Orçamento de 2012. Por isso, orientamos que na próxima semana os sindicatos garantam a presença de servidores aqui em Brasília para continuar as pressões no Congresso Nacional. Vamos conversar com todos os parlamentares para garantir o apoio deles à aprovação da emenda na Comissão Mista de Orçamento. Falta pouco para conquistarmos o nosso reajuste, mas isso se dará com muita pressão”, orienta Cledo Viera, coordenador da Fenajufe de plantão esta semana.

Na avaliação do coordenador Jean Loiola, o ato desta quarta-feira [23], em Brasília, mostrou a disposição da categoria em se manter mobilizada para conquistar a sua revisão salarial. No entanto, segundo ele, as pressões precisam se intensificar nas próximas semanas, pois os trabalhos no Congresso Nacional já estão chegando na reta final e esse é o momento de a categoria garantir os recursos para a aprovação final dos PLs 6613/09 e 6697/09. “Isso só será possível, entretanto, com a intensificação das mobilizações. A nossa pressão garantiu a aprovação das emendas na CCJ da Câmara, mas ainda é preciso mais para conquistarmos a vitória final, que é aprovação dos PCSs, com os recursos necessários a sua implementação. Então, a Fenajufe convoca todos os sindicatos a estarem presentes aqui na próxima semana para dar continuidade às articulações na CMO e na CFT”, enfatiza Jean, também no plantão da Fenajufe.

A Fenajufe também encaminhou carta a ser enviada, pelos sindicatos e servidores, a todos os parlamentares da CMO, pedindo que aprovem a emenda da CCJ.

Da Fenajufe - Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

RELATOR DA PLP 549/09 CRITICA CONGELAMENTO SALARIAL E AFIRMA QUE QUER AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O TEMA

Para Garotinho, proposta é “ideia de jerico”. Servidores devem continuar luta para impedir aprovação do projeto, que tem o aval do governo federal

BRASÍLIA – 25/11/11 – Durante sessão da Comissão de Constituição e de Justiça da Câmara da última quarta-feira [23], o deputado Anthony Garotinho [PR-RJ], relator do PLP 549/09 na CCJ, criticou a proposta, que congela o salário do funcionalismo público federal durante dez anos e disse que não pretende colocá-la em votação antes de fazer um amplo debate com todos os setores envolvidos com o tema. O deputado chamou a proposta de “inconstitucional, injurídica e imoral”. “Querer congelar o salário do funcionalismo de 2010 a 2019 é um absurdo. Além disso, proíbe a criação de novos cargos e proíbe a contratação de horas extras”, disse Garotinho.

O deputado informou, ainda, que já apresentou na CCJ pedido de audiência pública para debater o assunto, de forma ampla e aprofundada. Ele disse que pretende convidar representantes dos servidores, do governo e o senador Romero Jucá [PMDB-RR], líder do governo no Senado e autor da proposta, já aprovada no Senado Federal. Segundo o relator, o senador [Jucá] não teria tido essa ideia sem consultar o governo, pelo fato de fazer parte da sua base aliada no Congresso Nacional. “O senador não teria tomado essa iniciativa sem falar com o governo. Essa é uma ‘ideia de jerico’”, disse Anthony Garotinho, que foi logo aplaudido pelos servidores do Judiciário Federal e do MPU presentes na sessão, que votou a emenda prevendo valores para o pagamento de duas parcelas dos PCSs em 2012.

Na avaliação da Fenajufe, mesmo com as declarações do relator contrárias ao projeto, os servidores devem manter a luta contra o congelamento salarial, pois o governo mantém sua disposição em não conceder reajuste para o funcionalismo público e a política de ajuste fiscal. O tema deve estar firme na pauta da campanha em defesa da aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09, uma vez que caso o PLP 549/09 seja aprovado, todos as categorias do funcionalismo, incluindo o Judiciário Federal e o MPU, não terão reajuste pelos próximos dez anos. “A posição do relator foi em resposta às pressões feitas pelos servidores nos últimos dias, em especial os do Judiciário Federal e MPU que lotaram a sessão da CCJ de quarta-feira. Mas sabemos que ainda não vencemos essa batalha.

Precisamos manter a pressão e a luta para derrotar essa política do governo Dilma”, afirma o coordenador geral da Fenajufe Saulo Arcangeli, que acompanhou a sessão da CCJ.

Após apreciação na CCJC, a proposição seguirá ao plenário da Câmara dos Deputados.

Da Fenajufe - Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CSJT APROVA RESOLUÇÃO SOBRE PROCEDIMENTOS EM CASO DE GREVE

25/11/2011 - O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) aprovou, nesta sexta-feira (25/11), resolução que dispõe sobre os procedimentos administrativos a serem adotados em caso de paralisação do serviço por motivo de greve no âmbito do Conselho e da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus.

De acordo com o presidente do CSJT, ministro João Oreste Dalazen, a constatação de que em algumas unidades judiciárias houve “um completo comprometimento da prestação jurisdicional” obriga o Conselho a adotar um tratamento jurídico uniforme em todo o âmbito administrativo da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus.

“É legítima e respeitabilíssima a adesão a movimento grevista, que visem à obtenção de melhores condições de trabalho, inclusive no serviço público. No entanto, temos um quadro inquietante hoje na Justiça do Trabalho de recrudescimento do movimento grevista e a constatação, inclusive, de exacerbação em algumas regiões”, afirmou o ministro, ressaltando que os casos de abusividade são pontuais.

O presidente do CSJT também destacou que “o Supremo Tribunal Federal tem reiteradas decisões no sentido de que a participação em greve provoca necessariamente o desconto na remuneração dos dias de ausência ao trabalho, na medida em que se decidiu pela aplicação, à falta de uma norma legal específica, dos dispositivos da Lei 7.783, que regulam a greve na atividade privada”.

Por isso, o documento aprovado estabelece que os presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho, sob pena de responsabilidade, deverão descontar a remuneração dos servidores relativa aos dias de paralisação decorrentes de participação em movimento grevista, na folha de pagamento imediatamente subsequente à primeira ausência ao trabalho. As ausências não poderão ser objeto de abono e de cômputo de tempo de serviço ou qualquer vantagem que o tenha por base, exceto se compensadas mediante serviço extraordinário.

Cessada a adesão do servidor à greve, o valor do desconto da remuneração ainda não efetivado, a critério da Administração, poderá ser parcelado em até doze vezes; compensado com eventual crédito líquido e certo já apurado em favor do servidor, e ainda não pago; compensado mediante reposição das horas não trabalhadas.

De acordo com o texto aprovado, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho, de ofício ou mediante solicitação das chefias das unidades administrativas e judiciárias, convocará servidores, em número suficiente, com o propósito de assegurar a continuidade das atividades essenciais. Os servidores que, convocados, se recusarem a comparecer ao serviço, não poderão ser beneficiados com compensação de horas paradas.

A conselheira desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva manifestou divergência com relação a alguns artigos da resolução. Ela sugeriu a inclusão de possibilidade de negociação dos descontos durante a greve, a limitação do desconto em até 30% para salvaguardar caráter alimentar, a limitação de duas horas extras por dia a fim de compensação e a contagem em dobro dos dias de compensação aos sábados ou domingos, mas ficou vencida.

(Patrícia Resende/CSJT)

Fonte: CSJT

GOVERNO ADMITE MUDAR LRF COM NOVA PREVIDÊNCIA DE SERVIDORES

O governo admite mudar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para acomodar o aumento de gastos com pessoal decorrente do novo regime de previdência dos servidores públicos, em discussão no Congresso. O risco de descumprimento dos limites de pessoal previstos na LRF, em decorrência da aprovação do fundo de previdência complementar do funcionalismo, foi levantado pelo ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal, em reunião com o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Alertado, Barbosa respondeu que, se preciso, a lei será mudada para adequar os limites ao aumento de gastos com pessoal.

Pela regra atual, os gastos de pessoal da União não podem ultrapassar 50% da receita corrente líquida. No caso do Judiciário, alguns tribunais superiores já têm gastos muito próximos desse limite; com a mudança no regime de contribuição para aposentadoria, o limite poderá ser ultrapassado, segundo o ministro Marco Aurélio Melo.

Com o novo regime, a contribuição dos novos servidores públicos dos três Poderes não entrará mais no caixa do Tesouro Nacional: será direcionada aos fundos de previdência complementar. Hoje, essa contribuição, na prática, é abatida das despesas de pessoal, pois é computada na receita líquida da União.

Oposição criticou proposta de mudança na lei

Conforme for aumentando o peso de novos servidores na folha de pessoal e o número de aposentados, também os gastos com pessoal aumentarão, com o risco de descumprimento dos atuais limites da lei. O ministro Marco Aurélio, que tem sido o interlocutor do Judiciário nas negociações sobre o fundo, mostra preocupação com esse problema, mas rechaça qualquer iniciativa de mudança na LRF:

-Trata-se de diploma intocável. Não se pode pretender flexibilizar essas regras, pois abriria precedentes. Tendo os limites, já se constatam pecadilhos.

A oposição também criticou a proposta de mudança na lei. O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), disse que, neste momento de crise mundial, falar em mudança na LRF para aumentar gastos com pessoal contribui para aumentar as incertezas.

- Não vamos aceitar nenhum tipo de alteração na LRF. Acho que o governo não deveria nem aventar essa possibilidade - disse.

Já o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, perguntado sobre suas declarações na reunião, disse que esse problema não tinha aparecido até então. Mas diz que o descumprimento dos limites da LRF, se ocorrer, será quando os servidores regidos pelo novo regime forem maioria no serviço público.
Barbosa disse que isso se dará por volta do ano de 2030. Entretanto, o próprio governo tem divulgado estudos indicando que a transição pode ocorrer em prazo bem mais curto. Cálculos do Planejamento preveem que em cinco anos haveria renovação de 40% do quadro do Executivo. Barbosa disse também que os ajustes na LRF poderiam ser feitos de forma infra-legal, sem mexer no texto da lei:

- Não acho que será necessário, mas, se for necessário mexer na LRF, quando chegar o momento mudaremos a LRF.

Outros integrantes do governo também defendem mudanças na Lei Fiscal para adequar os limites de pessoal ao aumento de despesas decorrente do projeto de criação do fundo. Em recente reunião com representantes da Casa Civil, representantes do Sindicado dos Servidores do Poder Legislativo e do TCU (Sindilegis) ouviram a mesma proposta, ao alertarem sobre o risco de descumprimentos dos limites de pessoal.

Segundo técnicos do Judiciário, a mudança no regime de previdência dos servidores pode estourar os limites de pessoal em alguns tribunais a curto prazo, em três ou quatro anos. Estudos técnicos consideram também que o Judiciário terá gastos de pessoal elevados com aprovação dos projetos que tramitam no Congresso propondo aumento para a categoria. Pelo menos parte desse aumento já deve entrar no Orçamento de 2012.

Barbosa reconhece o impacto maior nas contas públicas na primeira fase de transição, mas defende com ênfase a mudança no regime de previdência para resolver o problema estrutural do sistema - o regime próprio de previdência dos servidores públicos tem registrado déficit maior que o do INSS, devendo fechar 2011 em R$57 bilhões.

Fonte: O GLOBO/ANAJUSTRA

SEIS MPs E PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DE SERVIDOR TRANCAM PAUTA DA CÂMARA

A pauta do Plenário para a próxima semana está trancada por seis medidas provisórias e pelo projeto que cria o regime de previdência complementar para os servidores da União, que tramita em regime de urgência constitucional (PL 1992/07).

A urgência da proposta também inviabiliza a votação de outros projetos em sessões extraordinárias.

O projeto aplica aos servidores - admitidos depois do novo regime - o mesmo teto de aposentadoria dos beneficiários do Regime Geral de Previdência Social (atualmente em R$ 3.689,66). Para receber uma aposentadoria maior, os servidores poderão participar da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), escolhendo com quanto querem contribuir segundo os planos de benefícios oferecidos.

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público já aprovou o projeto, na forma do substitutivo do relator, deputado Silvio Costa (PTB-PE). Pelo texto aprovado, os servidores que participarem do regime complementar pagarão 11% sobre o limite pago pela Previdência Social e não mais sobre o total da remuneração.

Fonte: AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS/AGEPOLJUS

BARROSO SUGERE CRIAÇÃO DE EXAME NACIONAL PARA INGRESSO NA MAGISTRATURA

Por Rogério Barbosa

Em uma das palestras mais fortes de toda a XXI Conferência Nacional dos Advogados, um dos mais importantes constitucionalistas do país, Luís Roberto Barroso, sugeriu — sob aplausos — a criação de um exame nacional para ingresso na magistratura. Uma espécie de provão, como ele mesmo definiu, que habilitasse candidatos a juízes a participar dos concursos. Além disso, durante a Conferência Magna de Encerramento nesta quarta-feira (24/11), Barroso defendeu questões polêmicas como o aborto, plebiscito para escolha de sistema de governo e mudanças significativas na Lei Seca.

Para o constitucionalista, entre as medidas a serem adotadas para resolver a questão da litigiosidade, que representa um grande problema no país, estaria a implantação de um exame nacional para ingresso na magistratura, que habilitaria candidatos a prestarem concursos para juiz, realizados por tribunais estaduais e regionais. Seria uma espécie de seleção prévia "que minimizaria os riscos de manipulação e favorecimento por oligarquias judiciárias locais, riscos que, infelizmente, não são imaginários", disse.

Outro ponto a ser revisto, de acordo com o Barroso, é o aprimoramento do sistema de repercussão geral. "Já há mais recursos extraordinários admitidos dentro do novo sistema do que a capacidade do tribunal de apreciá-los nos próximos anos. O critério de seleção tem de combinar aspectos qualitativos e quantitativos, para não inviabilizar o tribunal nem alimentar um sistema de delegação interna de competências decisórias", afirmou.

O advogado disse também que é preciso aprimorar os mecanismos de funcionamento do Plenário do Supremo Tribunal Federal e fez duas sugestões. A primeira é que os votos orais não deveriam estender-se para além de 20 ou 30 minutos, com síntese das principais ideias, sem prejuízo de o voto escrito ser mais analítico. A outra sugestão é para que a minuta do voto do relator — ou, pelo menos, sua tese central — deveria circular previamente, com dois propósitos. Quem concordasse com os termos da decisão não teria o trabalho de preparar outro voto para dizer a mesma coisa. E quem discordasse já poderia preparar a divergência, sem necessidade de pedir vista.

Barroso disse ainda que uma providência simples e indispensável após a votação em Plenário é a de o relator do acórdão submeter a ementa à aprovação da maioria que se formou, "para evitar que aconteça — como por vezes ocorre — de a ementa refletir apenas a posição do relator e não a da maioria".

Reforma política
"O Brasil precisa desesperadamente de uma reforma política", disse o professor Barroso, que contextualizou sua afirmação dizendo que é necessária uma reforma capaz de produzir um arranjo institucional que estimule a identificação entre o cidadão e seus representantes, que diminua de maneira drástica o custo das campanhas, que dê autenticidade aos partidos políticos, que seja capaz de absorver crises políticas e que ajude a formação de maiorias políticas estáveis no parlamento.

Para isso, sugeriu que fossem realizados plebiscitos para que o povo pudesse opinar sobre o sistema de governo proporcional, majoritário ou distrital misto (que dcombina a fórmula majoritária e a proporcional), com lista pré-ordenada e candidatos; e quanto ao sistema partidário, fidelidade dos eleitos e mecanismos que impeçam a pulverização dos partidos. "A proposta concreta que aqui se traz não é de mérito, mas quanto ao encaminhamento da reforma, para superar o impasse atualmente existente, em que todo mundo é a favor, mas cada um tem um projeto diverso em mente. Os conflitos de interesses são muito grandes e o Congresso não consegue produzir uma solução. Diante disso, um procedimento alternativo legítimo para concretizar a reforma política é a realização de um plebiscito", enfatizou.

Outra questão a ser repensada, do ponto de vista de Barroso, é o cargo em comissão. "Não são um mal em si, pois é normal que os órgãos de direção — sobretudo no Poder Executivo — nomeiem, para determinadas posições, pessoas afinadas com os programas a serem implementados. O problema, no Brasil, está na falta de republicanismo nos critérios de escolha, assim como no número excessivo de cargos de confiança", disse.

Para o número de cargos, o advogado apresenta uma solução que julgou como singela: "Basta a sua drástica redução, o que, de resto, alinharia o Brasil com as boas práticas administrativas do resto do mundo". Segundo ele, apenas no plano do governo federal — "onde os desmandos são menores e mais visíveis" — existem mais de 23 mil cargos em comissão, em manifesto contraste com Estados Unidos, (onde existem 9 mi), Alemanha que tem 500 e França com 550.

Impunidade
Segundo o especialista, o sistema punitivo no Brasil não realiza adequadamente nenhuma das funções próprias da pena criminal: não previne, não ressocializa nem prevê retribuição na medida certa. "A sociedade tem uma sensação difusa de impunidade, embora a população carcerária do país seja a terceira maior do mundo. Temos uma Justiça tipicamente de classe: mansa com os ricos e dura com os pobres. Leniente com o colarinho branco e severa com os crimes de bagatela", disse o constitucionalista.

"É tão degradado e degradante o sistema penitenciário que juízes e tribunais, com um mínimo de visão humanista, apegam-se a qualquer filigrana jurídica para não mandar qualquer pessoa não-violenta para suas entranhas, realimentando o sentimento de impunidade", concluiu. Para ele, o sistema punitivo brasileiro é uma combinação de truculência, impunidade e degradação: "Temos uma justiça tipicamente de classe: mansa com os ricos e dura com os pobres. Leniente com o colarinho branco e severa com os crimes de bagatela."

Lei Seca
"A política de tolerância zero, no particular, dificulta a efetivação da restrição.
Aqui, como em outras situações, o ótimo é inimigo do bom e do possível", disse o professor, sugerindo que a lei deveria tolerar um maior grau de álcool como máximo permitido. "Dois chopps, duas taças de vinho ou uma dose de bebida destilada deveriam ser considerados admissíveis, até porque isso asseguraria a possibilidade de cumprirmos a lei", disse Barroso que arrancou risos da plateia.

Barroso também considera que o direito à não-autoincriminação penal, sobretudo pela não realização do teste do bafômetro, não exclui a avaliação visual da autoridade nem tampouco deve inibir medidas administrativas. Ele sugere que a recusa em se submeter ao teste deva acarretar a apreensão do carro por uma semana e a suspensão da carteira por um mês, por exemplo, e que essas medidas fossem agravadas com o aumento do tempo da apreensão conforme houvesse reincidência, até que numa terceira vez, o indivíduo pego dirigindo embriagado tivesse sua habilitação e carro apreendidos.

"Somente se pego embriagado após ter tido sua carteira a veículo apreendidos, seria preso. Nada de penas absurdas e longas. Podem ser bem breves. Mas tem que ser para valer. Como o sistema penitenciário não é capaz de ressocializar ninguém, a prisão deverá ser domiciliar monitorada, com leituras reeducativas e nova prova de habilitação", sugeriu Barroso.

Aborto
Para o constitucionalista, é imprescindível incluir na agenda política do país a discussão acerca da descriminalização do aborto. "A melhor forma de se enfrentar o aborto — que não é, em si, uma situação desejável para ninguém — é com educação sexual, planejamento familiar e informações sobre meios de prevenção da gravidez, além de apoio à gestante que deseje ter o filho. Porém, tratar como criminosa a mulher que não quer ou não pode levar a gestação a termo constitui uma política pública de efeitos perversos, que devem ser considerados", afirmou.

Para ele a criminalização do aborto viola a autonomia da mulher, impedindo-a de fazer uma escolha decisiva para sua vida. Além disso, ele aponta a discriminação social que resulta da criminalização. "É que, sem terem acesso a clínicas privadas, e sem poderem recorrer à rede pública de saúde, dezenas de milhares de mulheres pobres morrem ou se lesionam gravementeutilizando técnicas primitivas de interrupção da gestação", concluiu.

Rogério Barbosa é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 25 de novembro de 2011

Fonte: CONJUR

GOVERNO CEDE PARA APROVAR FUNDO DE SERVIDORES

O governo cedeu ontem às pressões do Judiciário e aceitou criar três fundos diferentes de previdência complementar para servidores públicos federais. A proposta original do governo previa a criação de um único Fundo de Previdência Complementar para todos os servidores da União. Agora, haverá um para cada poder: Judiciário, Executivo e Legislativo. Outra concessão do governo: os fundos terão gestões independentes, nos moldes de fundos como o Previ (do Banco do Brasil), uma reivindicação do PT. O anúncio foi feito ontem, pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves, e pelo secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa.

A criação de uma previdência complementar é considerada fundamental pelo governo para conter o déficit do regime público, que deve chegar este ano a R$57 bilhões.

- São três fundos com gestões separadas - disse Garibaldi.

- Nossa proposta era de criação de um único fundo, mas houve o entendimento de que poderia haver uma deseconomia (sic) na gestão. Essa posição foi principalmente do Judiciário. Agora, serão três fundos, cada um com seu conselho diretor - acrescentou Nelson Barbosa.

As regras serão as mesmas para os servidores dos três poderes - alíquota de adesão, paridade entre União e servidores e tempo de contribuição. As mudanças foram feitas após reuniões com o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo Barbosa. Desde a apresentação do projeto, em 2007, o Judiciário resistia à ideia de um único fundo.

Nas conversas, Marco Aurélio fez ponderações sobre a independência entre os poderes. Alegou que a existência de um único fundo poderia ferir essa autonomia e ser considerada inconstitucional. Barbosa disse que, na visão do governo, um único fundo traria economia de gestão. Afirmou, porém, que os técnicos foram convencidos pelo Judiciário.

O governo cedeu também ao lobby do PT, que quer a constituição de um fundo para os servidores nos mesmos moldes de gestão dos grandes fundos da Previ e do Funcef (da Caixa Econômica Federal). O projeto original tornava obrigatória a terceirização da gestão do fundo, passando a administração, por exemplo, para um banco, como nos fundos privados. Mas o PT argumentou que é preciso ter gestões com mais controle de servidores. Com o acordo, o projeto permitirá a gestão própria.

Mas o governo não quer ceder na questão da alíquota de contribuição da União e dos servidores. Barbosa disse que o governo insiste na manutenção da alíquota de adesão de 7,5%. O PT quer que a União eleve o aporte de recursos, ampliando a alíquota para 8,5% a 9,5%. O secretário disse que não há prejuízo aos servidores, com 7,5% para as partes (servidores e União), ou 15% no total, por mês.

- Os cálculos do governo sustentam uma alíquota de 7,5%. Isso foi mostrado aos líderes - disse Barbosa. - O modelo garante transparência e sustentabilidade.

Garibaldi e o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disseram que a ideia é votar a proposta até 10 de dezembro.

Fonte: O GLOBO/ANAJUSTRA

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PCS - AGEPOLJUS PARTICIPA DE MAIS UM ATO NO STF

Trajetória de lutas da categoria é marcada por mais este ato nacional. O objetivo é sensibilizar presidência e STF para viabilizar acordo para a votação dos projetos que preveêm reajuste salarial aos servidores após cinco anos

O presidente da AGEPOLJUS, Edmilton Gomes, juntamente com o Diretor Regional/RN, Carlos Pinheiro, o Diretor Regional/AM, Allan Kardec Farias, o Diretor Regional/BA, Joilton Pimenta, o Conselheiro Armando Esbaltar, os Agentes Marcos Vinícius Fernandes (JF-RN), Fátima Arantes (TJDFT), Silvania Costa (TJDFT), Ivan Gobbo (TST), Carlos Alberto Siqueira (TRT-AM), Wilson Barbosa Lopes (TRT-RN), Evilásio Dantas, dentre vários outros dispersos entre os mais de mil servidores do Judiciário Federal e do MPU, participaram do ato nacional, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na tarde de ontem (23).

A manifestação serviu para demonstrar ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à presidência que a categoria está disposta a manter a greve até que haja uma negociação concreta resultando num acordo para a votação dos projetos que prevêem as melhorias pleiteadas pelos servidores (6613/09 e 6697/09).

Vários dirigentes sindicais de todas as partes do país se pronunciaram ao som de apitos, vuvuzelas e batucada, em frente ao STF. Todos endossaram o discurso de reforço às paralisações nos estados, fortalecendo a greve em todo o Brasil.

Mais uma vez, houve passeata até a porta do Palácio da Alvorada onde, dessa vez, assessores da presidência concordaram em receber membros do Comando de Greve para conversarem sobre a concessão de reajuste ao funcionalismo público.

Veja como foi a conversa entre o Comando de Greve e os representantes da presidência clicando aqui.

Por Marcelo Bias

Fonte: AGEPOLJUS

DURANTE ATO EM FRENTE AO PALÁCIO DO PLANALTO, FENAJUFE BUSCA NEGOCIAÇÃO COM REPRESENTANTES DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Dirigentes entram na sede do governo, mas conversam apenas com assessores. Servidores mantiveram protesto na Praça dos Três Poderes

Foto:Joana Darc Melo

BRASÍLIA – 23/11/11 – A pressão dos mais de mil servidores que protestaram nesta tarde na Praça dos Três Poderes garantiu que um grupo de seis coordenadores da Fenajufe entrasse no Palácio do Planalto para conversar com representantes do governo federal. Enquanto os manifestantes protestavam na porta da sede do Executivo, logo após as intervenções feitas em frente ao STF, os coordenadores Antônio Melquíades [Melqui], Saulo Arcangeli, Ramiro López, Zé Oliveira, Cledo Viera e Walter Nogueira negociaram, com chefes da segurança, a entrada no Palácio. Em contrapartida, no entanto, a segurança presidencial pedia a saída dos manifestantes da pista que dá acesso à sede do governo federal. Após muitas negociações, e com a insistência dos chefes da segurança da Presidência, os servidores retornaram à Praça, onde ficaram concentrados até o final do ato.

A reunião, que inicialmente seria com a Secretaria Geral da Presidência da República, conforme informaram representantes do próprio Palácio do Planalto, ocorreu com os assessores da Secretaria Geral da Presidência Wlamir Ubeba Martines e Sílvio Silva Brasil; e da Secretaria de Relações Institucionais, Marcos Toscano. Apesar da tentativa dos dirigentes da Fenajufe, já dentro das dependências do Palácio do Planalto, as ministras Ideli Salvatti [Relações Institucionais] e Gleisi Hoffmann [Casa Civil], se recusaram a receber os representantes da Fenajufe.

Na conversa, os assessores reafirmaram aos dirigentes sindicais a posição que vem sendo sinalizada há tempos, em reuniões e por meio de declarações nos veículos da grande imprensa, de que o governo não pretende, em 2012, conceder reajuste para o funcionalismo público federal, em especial para os servidores do Judiciário Federal e do MPU. Eles disseram, ainda, que as negociações referentes aos PCSs da categoria devem se resolver somente com o diálogo entre os chefes dos dois poderes, no caso a presidente Dilma e o ministro Cezar Peluso. De acordo com eles, esse impasse não é possível de ser sanado no âmbito nem mesmo das duas ministras, se referindo à Ideli Salvatti e à Gleisi Hoffmann.

Em relação à postura do Executivo, ao serem indagados pelos dirigentes sobre o fato de não dialogar com a cúpula do Judiciário, o assessor Marcos Toscano disse que, na avaliação dele, dificilmente a presidente Dilma Rousseff recusaria um pedido de audiência feito pelo ministro Cezar Peluso. Após ouvir os argumentos dos dirigentes sindicais para que o governo federal entre nas negociações, eles se comprometeram a tentar agendar uma audiência da Fenajufe com o secretário geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho para a próxima semana.

Para o coordenador Saulo Arcangeli, a recusa das ministras em receber a Fenajufe reforça a postura do governo, que não quer negociar com os trabalhadores e mantém a sua política de reajuste zero. “Nós dissemos aos assessores que essa postura não ajuda em nada, mostra para a categoria que o governo não quer conceder o nosso reajuste salarial e desrespeita os mais de mil servidores de todo o país que protestavam na frente do Palácio. Essa prática somente acirra os ânimos para a intensificação da greve em todo o país” afirmou Saulo, que deu o informe, sobre a reunião, aos servidores que ainda permaneciam na Praça dos Três Poderes.

Na avaliação de Ramiro López, ao falar aos manifestantes após a reunião com os assessores, a categoria só tem um caminho a perseguir: aprofundar a greve em todo o país. “O nosso caminho é um só e nós já estamos nele. Agora o que precisamos é intensificar a luta e não desistir de continuar batalhando pelo nosso PCS. Os assessores foram claros, ao dizerem que a posição do governo é reajuste zero para o funcionalismo”, enfatizou Ramiro, que também informou que a intenção do governo é ainda aprovar o PL 1992/07, que cria a previdência complementar para o servidor público. “Isso aumenta ainda mais a necessidade de nossa firmeza”, disse.

Zé Oliveira, outro coordenador geral que também deu informes sobre a reunião no Palácio, reforçou a orientação dos colegas da Fenajufe, dizendo que é preciso jogar peso nas mobilizações. “Precisamos fortalecer a greve em todo o país e continuar pressionando os deputados nos estados, a cúpula do Judiciário Federal, o Executivo e os parlamentares. Temos a certeza que a postura do governo não vai mudar se a gente não intensificar a nossa mobilização. Além disso, é preciso cobrar uma atuação efetiva do ministro Peluso”, ressaltou Zé, que também criticou a postura das ministras Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann em não receber os coordenadores da Fenajufe.

“Em conversa hoje com os ministros Ayres Brito e Marco Aurélio Melo eu pedi que eles convençam o ministro Cezar Peluso a assumir uma postura mais incisiva junto ao governo. Expliquei a eles que o deputado Arlindo Chináglia [presidente da Comissão Mista de Orçamento] nos disse várias vezes que se não houver uma negociação efetiva entre os chefes dos dois Poderes, o acordo não será fechado. Informei também sobre a emenda que foi aprovada hoje na CCJ, que foi resultado do intenso trabalho dos servidores”, disse Melqui, que reforçou, como os demais colegas, a necessidade de ampliar a greve em todo o país.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

SERVIDORES DÃO RECADO AO GOVERNO QUE MANTERÃO GREVE ENQUANTO REAJUSTE NÃO FOR APROVADO, DURANTE ATO NACIONAL EM BRASÍLIA

BRASÍLIA – 23/11/11 – “Servidores na rua, Dilma a culpa é sua” e “cinco anos não, reajuste na minha mão” foram os recados que os mais de mil servidores do Judiciário Federal e do MPU deram nesta quarta-feira [23], durante ato nacional, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A manifestação, convocada pela Fenajufe e pelo Comando Nacional de Greve, foi considerada bastante positiva pelos organizadores, uma vez que mostrou, mais uma vez, ao STF, ao Congresso Nacional e, sobretudo, ao Palácio do Planalto que a categoria está disposta a manter a greve e as mobilizações enquanto as negociações de fato não se efetivarem e um acordo não for fechado para votar os PLs 6613/09 e 6697/09. Apesar da ameaça de chuva e do vento frio que fazia hoje em Brasília, os servidores atenderam ao chamado da Federação e deram a sua contribuição nesse momento importante na luta pela revisão salarial.

Foto: Joana Darc Melo

Em frente ao Supremo Tribunal Federal [STF], onde ocorreu a concentração do ato, dirigentes dos sindicatos que vieram a Brasília fizeram intervenção, reforçando a necessidade de fortalecer a greve nos estados onde os servidores já estão paralisados e de ampliar naqueles que ainda não aderiram ao movimento. “Em Mato Grosso, sofremos ameaças por parte das administrações, mas a greve cresce a cada vez que ocorre ameaça de corte de pontos”, disse José Mendes, que falou em nome do Sindijufe-MT, onde a categoria já está em greve desde o dia 7 de junho.

A diretora do Sintrajufe-RS Mara Weber, durante sua fala na manifestação, ressaltou que nenhum estado pode ficar de fora da luta em defesa da aprovação da revisão salarial. “O Rio Grande do Sul está aqui para mostrar que faça chuva ou faça sol, todos devem estar nas ruas para reforçar a nossa luta. Temos que usar todas as ferramentas de que dispomos e nenhum estado pode ficar de fora”, disse Mara.

Cleber Borges, representante do Sintrajud-SP, lembrou que a categoria já está no 3º ano de luta pela aprovação do PCS e considerou necessário que todos os estados participem do movimento, fazendo um apelo aos sindicatos presentes que ainda não estão em greve. “Para enfrentar esse governo, que vira as costas para os trabalhadores, é preciso muita greve e muita pressão. Estamos há cinco anos sem reajuste e precisamos superar essa política do governo Dilma”, disse Cléber.

A coordenadora do Sitraemg-MG Lúcia Bernardes informou que em Minas Gerais, apesar de todas as dificuldade, a categoria continua firme na greve. Ela pediu uma salva de palmas aos servidores da Justiça Federal, onde das 33 Varas, 26 estão totalmente paralisadas. “Não vamos desanimar, mesmo com todas as dificuldades e ameaças. Vamos continuar na luta até a vitória”, ressaltou Lúcia.

João Batista, presidente do Sinjufego-GO, sindicato que trouxe a maior delegação para o ato, com 80 servidores de Goiás, considerou que o movimento não pode acabar enquanto não houver avanços nas negociações. “Essas mobilizações são fundamentais para conquistarmos o nosso reajuste. E os servidores de Goiás, em greve por tempo indeterminado, não vão deixar isso acabar. Queremos também que os colegas de Brasília, que têm um importante histórico de luta entrem no movimento para dar maior visibilidade à nossa greve”, finalizou João Batista.

Em greve por tempo indeterminado desde o dia 1º de junho, o representante da Bahia Rogério Fagundes informou que os servidores do seu estado conseguiram algo que nem mesmo o ministro Cezar Peluso, presidente do STF, conseguiu: conversar sobre o PCS com a presidenta Dilma Rousseff. “Não foi fácil chegar até aqui. Estamos em greve desde o dia 1º de junho, no interior e na capital. Também sofremos pressão de todos os lados, mas sabemos que somente com a luta seremos capazes de arrancar as negociações entre os poderes”, enfatizou.

Na avaliação do coordenador geral Saulo Arcangeli, o ato mostrou a força da categoria e sua disposição em permanecer na luta até a aprovação dos PCSs. “Nas várias falas foi demonstrado que para a categoria, apesar de um avanço com a aprovação de emenda na CCJ, não há está definido, pois precisamos garantir a sua inclusão no Orçamento de 2012. A necessidade de manter a greve e a entrada de outros estados, principalmente do Distrito Federal, foram a tônica de várias intervenções durante o ato”, ressalta Saulo.

Além desses sindicatos, também participaram do ato delegações do Sindjus-DF, Sindjus-AL, Sitra-AM/RR, Sinjeam-AM, Sinje-CE, Sintrajufe-CE, Sindissétima-CE, Sinpojufes-CE, Sindjufe-TO, Sisejufe-RJ, Sindjufe-MS, Sindjjuf-PB, Sintrajusc-SC, Sindjuf-PA/AP, Sinjuspar-PR, Sinjutra-PR, Sintrajuf-PE, Sintrajufe-MA, Sinsjustra-RO/AC e Sindiquinze-SP.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

COMISSÕES DEVEM DESTINAR MAIS DE R$ 100 MILHÕES NO ORÇAMENTO PARA SEGURANÇA

As comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Direitos Humanos e Minorias deverão destinar cerca de R$ 100 milhões em emendas ao orçamento federal para ações de combate à violência. A informação é do deputado Domingos Dutra (PT-MA). A medida, segundo o deputado, servirá para fazer frente à diminuição de recursos para a área na proposta orçamentária de 2012 (PLN 28/11), em análise na Comissão Mista de Orçamento.

Segundo o assessor político do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e integrante do Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp) Alexandre Ciconello, as verbas destinadas para a segurança pública na proposta de orçamento federal de 2012 diminuíram 12% (de R$ 9,6 bilhões para R$ 8,4 bilhões) em relação a este ano. Além disso, os recursos previstos para as políticas de direitos humanos, igualdade racial e benefícios para as mulheres caíram 40% (de R$ 2 bilhões para R$ 1,2 bilhões) – isso tendo em vista que as despesas gerais da proposta de orçamento de 2012 subiram, em média, 10,8%. “Num momento em que o combate à violência é um tema tão importante da agenda nacional, é preocupante essa diminuição de verbas. O governo precisa se explicar”, disse Ciconello.

A declaração foi feita em audiência pública promovida pela Comissão de Segurança Pública hoje. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, foi convidado para participar do debate, mas não compareceu nem enviou representante.

Segundo Domingos Dutra, a decisão sobre o montante das emendas para a área será tomada amanhã à tarde, após reunião entre os integrantes do colegiado. “Se cada comissão aprovar uma emenda de R$ 50 milhões, serão R$ 100 milhões – o valor é alto para as comissões, mas ainda muito pequeno diante deste mar de desafios para garantir segurança aos brasileiros”, lamentou o deputado.

Homicídios
A queda dos recursos federais previstos para segurança pública também preocupa a cientista social e assessora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) Sílvia Ramos, que também participou do debate. Segundo ela, o Brasil ocupa a sexta posição no ranking mundial de taxa de homicídios.

A especialista explicou que a maioria das vítimas de homicídios são os jovens, do sexo masculino, homens, negros e moradores de favelas e periferias. De acordo com Sílvia, os índices de violência vêm baixando nos grandes centros urbanos, como Rio e São Paulo, e aumentando “vertiginosamente” em médias e pequenas cidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “Aquele Brasil bucólico que dormia com a janela aberta e ficava conversando na pracinha não existe mais em nenhum lugar do País”, alertou.

Esse deslocamento da violência, segundo Silvia, pode ser uma causa para o retrocesso no aporte de verbas para a área. “Ainda não há muita clareza para a razão da falta de atenção dada ao combate à violência, mas talvez seja em razão da redução dos índices em áreas mais ricas, como o Sudeste. Provavelmente isso contribuiu para que houvesse um relaxamento no tema”, ponderou.

Responsabilidades
Apesar da ausência do governo no debate, uma das causas levantadas para a diminuição das verbas do setor é a ideia de que a segurança pública seja uma responsabilidade dos estados, não da União. A cientista social Silvia Ramos alertou: “Foi assim que o Brasil se tornou um recordista mundial de violência. É um erro imaginar que esse é um problema dos estados. O orçamento federal deveria ajudar os estados e municípios a orientar suas políticas”.

Em 2007, o governo federal lançou um programa com políticas nacionais de combate à violência, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), desenvolvido pelo Ministério da Justiça. A medida, elogiada pelos especialistas que participaram do debate, está sendo insuficiente. É o que avaliou Alexandre Ciconello. O especialista destacou que, desde 2008, quase metade das verbas destinadas ao programa foram aplicadas na oferta de bolsas para policiais. “O que era para ser uma ação inovadora concentrou-se em bolsas, que mais servem para complementação do salário dos policiais. Em que medida isso realmente diminui a violência?”, indagou.

Reportagem – Carolina Pompeu
Edição – Marcelo Westphalem

Fonte: AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS

SERVIDORES CONTINUAM PROTESTO E COBRAM QUE GOVERNO DILMA NEGOCIE REAJUSTE

BRASÍLIA – 23/11/11 – Os servidores que participam do ato nacional, em Brasília, continuam concentrados na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. Eles aguardam os cinco coordenadores da Fenajufe que estão reunidos com representantes da Presidência da República dentro do Palácio do Planalto.

Após a reunião os dirigentes sindicais darão informes sobre a conversa com o Executivo. No encontro eles pedirão que o governo negocie com o STF e a PGR um acordo orçamentário para votar os projetos.

Do lado de fora, lideranças das delegações dos vários estados animam o ato. Os manifestantes gritam palavra de ordem como: “Cinco anos não, reajuste na minha mão” e “Judiciário enfraquecido: bandidos fortalecidos”.

Da Fenajufe - Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

CERCA DE MIL SERVIDORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MPU PARTICIPAM DE ATO EM BRASÍLIA

BRASÍLIA – 23/11/11 – Cerca de mil servidores do judiciário federal e do MPU vindos de todos os estados brasileiros protestam agora na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O ato público nacional, que reivindica a aprovação do PCS e reajuste salarial da categoria, começou por volta das 15h, com concentração na porta do STF, e depois seguiu para a frente do Palácio do Planalto.

Um grupo de cinco diretores da Fenajufe está negociando com o Palácio e deve ser recebido pelo Secretário Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para apresentar a reivindicação da categoria e pedir que o Poder Executivo negocie um acordo orçamentário com o Judiciário para que se aprove o reajuste.

O restante dos servidores protesta e grita palavras de ordem direcionadas à presidente Dilma, entre elas: “Servidor na rua, Dilma a culpa é sua”. A avaliação da Fenajufe é de que o ato já cumpre seu papel de pautar a greve para o Palácio do Planalto.

Da Fenajufe - Cecília Bizerra

Fonte: FENAJUFE

SERVIDORES TAMBÉM FAZEM PRESSÃO NA CFT E DEFENDEM INCLLUSÃO DO PCS NA PAUTA

BRASÍLIA – 23/11/11 – Logo após a sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que votou a emenda pedindo a inclusão de valores para pagar duas parcelas dos PCSs em 2012, os servidores de vários estados que estão em Brasília foram ao plenário 4 da Casa, onde acontecia a sessão da Comissão de Finanças e Tributação [CFT]. Embora o PL 6613/09 não estivesse na pauta da sessão de hoje, o objetivo das delegações era pressionar os membros da Comissão para que ajudem nas negociações entre os poderes e votem a favor do reajuste salarial.

Todas as quartas-feiras a Fenajufe e representantes dos estados, há alguns meses, acompanham a CFT, visando à inclusão do projeto na pauta e a sua votação. Na sessão do dia 26 de outubro, o deputado João Dado [PDT-SP] apresentou requerimento pedindo a retirada do projeto. Na ocasião, devido à orientação do Executivo para que os deputados de sua bancada votassem contrários ao projeto, com o argumento de que não há previsão orçamentária do PCS na proposta da LOA de 2012, alguns membros da CFT admitiram a lideranças da Fenajufe e de sindicatos de base que votariam pela rejeição da proposta. Diante da possibilidade real de rejeição por maioria, Dado optou por apresentar o requerimento pedindo a retirada do projeto e impedindo que fosse rejeitado naquele dia. Até o momento, o projeto não retornou à pauta por falta de acordo com o governo federal, que mantém a sua posição de reajuste zero para o funcionalismo público.

Na sessão de hoje, que foi suspensa devido à falta de quórum, o deputado Pauderney Avelino [DEM-AM] informou o resultado da sessão da CCJ, que aprovou as emendas à LOA, e defendeu que o PL 6613/09 seja incluído logo na pauta da CFT e aprovado pelos membros. De acordo com o coordenador do Sindjufe-BA Rogério Fagundes, que estava na sessão, o deputado amazonense ressaltou que alguns estados já estão há quase seis meses em greve [caso da Bahia e de Mato Grosso] e que, por isso, é preciso resolver o impasse para votar o reajuste dos servidores. Ao final de sua fala, Pauderney disse que na próxima sessão vai pedir a inclusão, extra pauta, do projeto.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

CCJ DA CÂMARA APROVA EMENDA QUE PEDE INCLUSÃO DOS PLs 6613/09 E 6697/09 NO ORÇAMENTO

Proposta prevê valor para implementação de duas parcelas em 2012 para os reajustes do Judiciário Federal e do MPU

BRASÍLIA – 23/11/11 – Em uma sessão lotada de servidores, os deputados da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovaram, nesta manhã [23], a emenda que prevê a inclusão dos valores dos Planos de Cargos e Salários do Judiciário Federal e do MPU à proposta de Lei Orçamentária Anual de 2012, em tramitação na Comissão Mista de Orçamento [CMO] do Congresso Nacional. A proposta, aprovada por unanimidade na Comissão, pede a destinação de R$ 2 bilhões, sendo que parte desse valor será para pagar duas parcelas dos Planos em 2012, em janeiro e julho. Segundo informações do assessor parlamentar da Fenajufe, Antônio Augusto Queiróz, a forma de implementação dos reajustes será objeto de debate no momento da apreciação dos PLs 6613/09 e 6697/09, que estão parados da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

De acordo com o cronograma da CMO, as emendas de comissão, dentre as quais a aprovada no CCJ que prevê os valores dos PCSs, serão encaminhadas aos dez relatores setoriais, que terão até o 7 dia de dezembro para elaborar seus pareceres e colocar em votação. Segundo Antônio Queiróz, o trabalho agora deve ser junto aos relatores setoriais, que no caso do Judiciário Federal é o senador Inácio Arruda [PCdoB-CE], pois eles terão a prerrogativa de acatar ou não as emendas de comissão. Depois dessa fase, os relatórios setoriais serão encaminhadas ao relator geral da LOA, deputado Arlindo Chináglia [PT-SP]. De 7 a 19 de dezembro é o prazo para a conclusão da sistematização desses relatórios e a apresentação do relatório final, que deve ser votado na CMO até o dia 20 de dezembro e no plenário do Congresso Nacional até o dia 22.

A emenda aprovada foi apresentada por vários deputados, entre os quais Roberto Policarpo [PT-DF], relator do PL 6613/09 na CFT, Luiz Couto [PT-PB], Valtenir Pereira [PSB-MT], Paes Landim [PTB-PI], João Paulo [PT-PE], Daniel Almeida [PCdoB-BA], Pauderney Avelino [DEM-AM] e Nelson Pelegrino [PT-BA].

O coordenador geral da Fenajufe Ramiro López explica que a aprovação da emenda na CCJ não encerra o trabalho de pressão dos servidores, uma vez que essa proposta ainda precisa ser aprovada na Comissão Mista de Orçamento, garantindo a inclusão dos valores no Orçamento de 2012. Ele ressalta, ainda, que são duas frentes de atuação: uma para garantir a verba no Orçamento e a outra para garantir a aprovação dos projetos. “É fundamental, portanto, que as mobilizações continuem em todo o país. Hoje realizaremos um grande ato em Brasília, com a presença de servidores de vários estados e do Distrito Federal, para pressionar os poderes a negociarem o nosso reajuste. É também importante intensificar a greve nos estados que já estão paralisados e ampliar para aqueles que ainda não aderiram ao movimento”, ressalta Ramiro.

Às 15h, as caravanas dos estados se concentrarão na Praça dos Três Poderes para o grande ato público.

CLIQUE AQUI PARA CONFERIR A EMENDA APROVADA NA CCJ.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

terça-feira, 22 de novembro de 2011

FENAJUFE E COMANDO NACIONAL DE GREVE CONTINUAM TRABALHO PARA GARANTIR EMENDAS DE COMISSÃO AO PCS

Sessão da CCJ do Senado acontecerá ainda nesta terça. Na Câmara, deputados votam as emendas nesta quarta

BRASÍLIA – 22/11/11 – Coordenadores da Fenajufe e dirigentes de sindicatos filiados à Fenajufe continuam, esta semana, as articulações no Congresso Nacional visando garantir que os membros das Comissões de Constituição e Justiça da Câmara e do Senado Federal apresentem as emendas com a previsão do PCS ao projeto de Lei Orçamentária Anual de 2012. Na semana passada, a emenda, que prevê a implementação do Plano em quatro parcelas e pede a inclusão dos valores para o pagamento de duas parcelas em 2012, sendo uma em janeiro e a outra em julho, foi elaborada e enviada pelo coordenador geral Saulo Arcangeli a todos os deputados e senadores que integram as duas comissões.

A Fenajufe orienta que as delegações que já estão em Brasília conversem com os parlamentares, para pedir que apresentem as emendas e as apóiem nas sessões. Até o momento já protocolaram emendas na CCJ os senadores Randouffe Rodrigues [PSol-AP], Gim Argello [PTB-DF], Rodrigo Rollemberg [PSB-DF], Flexa Ribeiro [PSDB-PA], Demóstenes Torres [DEM-GO], Vital Do Rego [PMDB-PB], Ana Rita [PT-ES] e Vaudir Raupp [PMDB-RO].

A sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que apreciará as propostas teve início às 15h30, mas foi suspensa pelo presidente, senador Eunício Oliveira [PMDB-CE], que juntamente com o presidente da CCJ da Câmara, deputado João Paulo Cunha [PT-SP], vão fazer a compilação do que foi apresentado até o momento. De acordo com ele, o objetivo é evitar que sejam aprovadas, pelas comissões das duas Casas, emendas repetidas, devido à grande quantidade.

Na Câmara, os dirigentes sindicais continuam nesta tarde as conversas para que os deputados apoiem a emenda do PCS. A Fenajufe obteve a confirmação de que o deputado Nelson Pelegrino [PT-BA] já protocolou a emenda da Fenajufe na CCJ, cuja sessão deliberativa está marcada para às 10h desta quarta-feira [23].

O prazo final para apresentação das mudanças ao relatório final da LOA se encerra nesta quarta-feira, 23 de novembro. Após essa fase, as emendas serão distribuídas aos 10 relatores setoriais, cujos pareceres serão votados até 7 de dezembro.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

LÍDER DO PT NA CÂMARA SE COMPROMETE, EM REUNIÃO COM FENAJUFE E O STF, A TRATAR SOBRE O PCS COM MIRIAM BELCHIOR

BRASÍLIA – 22/11/11 – Dando continuidade às conversas com parlamentares da base aliada do governo no Congresso Nacional, a Fenajufe teve nesta segunda-feira [21] uma reunião com o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira [PT-SP]. No encontro, que contou também com as presenças do diretor geral do Supremo Tribunal Federal [STF], Alcides Diniz; do secretário de Recursos Humanos, Amarildo Viana; e da assessora parlamentar Maria Lúcia, o deputado, após ouvir as argumentações em defesa do PL 6613/09, garantiu aos coordenadores Saulo Arcangeli, Ramiro López, Zé Oliveira e Antônio Melquíades [Melqui] que terá, ainda esta semana, uma conversa com a ministra do Planejamento, Míriam Belchior, para tratar do Plano de Cargos e Salários da categoria. Teixeira disse que pretende articular o agendamento de uma reunião da ministra com representantes do STF, da Federação e o próprio deputado.

Antes de se comprometer a fazer os contatos com a ministra, o deputado ouviu dos representantes do Supremo explicações sobre a carreira do Judiciário Federal que, segundo eles, está com os salários defasados em relação a outras categorias do funcionalismo público federal, o que tem provocado a saída de muitos servidores que passam em outros concursos públicos. De acordo com o estudo apresentado pelo diretor geral e pelo secretário de RH do STF, mesmo com a ampliação da estrutura a participação do Poder Judiciário na rubrica da União com gasto de pessoal diminuiu consideravelmente no período de 2006 a 2011. Eles explicaram, ainda, como foi o processo de elaboração do PL 6613/09 e qual o objetivo do projeto de revisão salarial da categoria.

Já os coordenadores da Fenajufe informaram ao deputado o quadro de mobilizações em todo o país, que conta atualmente com 19 estados em greve. Os dirigentes sindicais ressaltaram que o objetivo das pressões é forçar as negociações entre os três poderes e especialmente mudar o posicionamento do governo federal, que se mantém contrário ao reajuste dos servidores. Eles explicaram que o objetivo da categoria é manter as mobilizações enquanto o impasse não for resolvido e o acordo fechado para aprovar o plano de cargos e salários.

Paulo Teixeira se comprometeu a dar retorno à Fenajufe e ao Supremo sobre o resultado da conversa que terá com a ministra Míriam Belchior.

Da Fenajufe – Leonor Costa

Fonte: FENAJUFE

GRANDE ATO NACIUONAL NESTA QUARTA-FEIRA (23), ÀS 15 HORAS NA PRAÇA DOS TRÊS PODERES

Comando Nacional de Greve convoca servidores, de todos os estados e do DF, para a manifestação em defesa dos PCSs

BRASÍLIA – 22/11/11 – Nesta quarta-feira [23], servidores do Judiciário Federal e do MPU de vários estados do país virão a Brasília participar de grande ato nacional, às 15h, na Praça dos Três Poderes. A atividade faz parte do calendário de luta em defesa da aprovação dos planos de cargos e salários e contra o congelamento salarial, previsto no PLP 549/09. O Comando Nacional de Greve, que se reuniu nesta manhã na sede da Fenajufe, reforça a orientação para que todos os estados, em greve ou não, garantam o maior número possível de servidores e faz um chamamento para que os servidores do Distrito Federal também marquem presença, em peso, na atividade nacional desta quarta-feira. Até o momento já confirmaram a vinda a Brasília cerca de 400 servidores e a expectativa é que esse número aumente ainda mais, com o reforço dos colegas dos órgãos do Judiciário Federal e do MPU do DF.

Na avaliação dos dirigentes da Federação e de representantes dos sindicatos no Comando Nacional de Greve a participação dos servidores de Brasília é fundamental para garantir que a manifestação atinja seu objetivo. A ideia é fazer um grande protesto na Praça dos Três Poderes, abrangendo o Palácio do Planalto, o STF e o Congresso Nacional, para cobrar que as negociações aconteçam efetivamente e um acordo seja finalizado, visando à aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09.

A Fenajufe e o Sindjus-DF estão veiculando, nesta terça e quarta-feira, chamada na TV convocando os servidores do DF para a manifestação. Participe e traga seus colegas de trabalho!

Fonte: FENAJUFE

PL 6613/09 - CONVOCATÓRIA ATO NA PRAÇA DOS TRÊS PODERES

A AGEPOLJUS convoca a todos os Agentes de Segurança do Poder Judiciário (associados ou não) para participarem de manifestação em prol do PL 6613/09 prevista para amanhã (23) na Praça dos Três Poderes, em Brasília/DF, a partir de 15 horas.

É importante que nossa categoria se reúna a favor da aprovação desse projeto participando das atividades previstas no calendário de mobilizações da FENAJUFE. Essa luta é de todos. E, assim, juntando forças, é que teremos a maior chance de alcançar nossos objetivos.

Caros agentes, associados ou não, compareçam a mais essa batalha pela aprovação do nosso PCS!

Fonte: AGEPOLJUS

CÂMARA E SENADO LANÇAM AMANHÃ FRENTE PARLAMENTAR VISANDO APERFEIÇOAR JUSTIÇA

O Congresso Nacional lança nesta quarta-feira (23) a Frente Parlamentar Mista para o Aperfeiçoamento da Justiça Brasileira. De iniciativa do deputado federal Wellington Fagundes (PR/MT), e dos senadores Pedro Taques (PDT/MT) e Jayme Campos (DEM/MT), a Frente vai discutir estratégias para tornar os processos judiciais mais céleres. De acordo com a assessoria do deputado Wellington Fagundes, que presidirá a Frente, mais de 200 parlamentares já aderiram ao colegiado.

O deputado acredita que a iniciativa permitirá que a prestação jurisdicional seja mais acessível a todos os cidadãos. “Além de reunir esforços para o aperfeiçoamento da Justiça, a intenção é dar condições para que a judicatura possa trabalhar de forma mais digna e eficiente. Os resultados irão refletir nos andamentos processuais”, afirma Fagundes.

Formada em parceria com o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, a Frente vai reunir membros do Ministério Público Federal e magistrados de todo o país para elencar as principais necessidades do judiciário. A intenção é restabelecer um canal que estava rompido entre o Poder Legislativo e a Magistratura.

O ato de instalação da nova Frente Parlamentar será às 18 horas no Plenário 1 da Câmara.

Fonte: AGÊNCIA CÂMARA/AGEPOLJUS

OFENSIVA

Esta semana pode ser decisiva para as pretensões salariais dos servidores do Judiciário. A mobilização pelo reajuste salarial da categoria ganha corpo a partir das assembleias setoriais realizadas nos fóruns do DF. Para amanhã está prevista uma manifestação na Praça dos Três Poderes, a partir de 15h. Definida como o Dia Nacional de Luta pela Aprovação do PL 6.613/09, a quarta-feira reserva muito barulho e pressão sobre os ministros do STF e parlamentares na Câmara dos Deputados, especialmente os membros da Comissão de Finanças e Tributação, onde o PL 6.613/09 aguarda votação.

Tudo indica que o presidente do STF, ministro Cesar Peluso, tenha mesmo entrado na briga para assegurar o reajuste do pessoal do Judiciário. Segundo o Sindjus, Peluso recebeu representantes dos servidores da Justiça, durante um evento do setor. Ouviu sobre a ansiedade da categoria em relação à falta de negociação do PL 6.613/09. O ministro informou, segundo o Sindjus, que o fato de não dar informações públicas não significa que o tribunal não esteja trabalhando e que o reajuste dos servidores é prioridade.

O presidente do STF afirmou, ainda segundo o sindicato, que as conversas estão se concentrando nas pessoas que podem decidir, tanto no Legislativo quanto no Executivo. Peluso também afirmou que “não há mínima possibilidade” de aprovar tudo de uma vez e que há várias propostas de parcelamento. O ministro disse que já conversou com as lideranças da base do governo sobre propostas de emendas e promessas de apresentação de propostas complementares que propiciariam estabelecer o aumento para o ano que vem e o parcelamento.

“Estamos discutindo números”, explicou Peluso aos representantes da categoria. Segundo ele, o STF está buscando criar um movimento no Congresso Nacional que resolva, o mais rapidamente possível, os impasses em torno do PL 6.613/09. Na opinião do presidente do STF, a pressão deve se voltar para o parlamento, para que sejam apresentadas as emendas ao Orçamento. “Vocês tem que ficar acampados no Congresso”, brincou Peluso, reforçando que é preciso passar da fase das conversas para o ato concreto, ou seja, a apresentação de emendas.

Fonte: JORNAL DE BRASÍLIA/AGEPOLJUS