segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MÍDIA TENTA CONFUNDIR O LEITOR PARA ATACAR OS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO

Ao comentar a disposição da Presidente Dilma em negar o reajuste em 2012 para magistrados e servidores do Judiciário, o site Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. (O iG Brasil pertence a iG Cayman, uma empresa com sede nas ilhas Cayman- conhecido paraíso fiscal britânico no Caribe) noticia que "Para os representantes dos magistrados e dos servidores do Judiciário e do Ministério Público, eles não estão pedindo um reajuste, mas apenas uma "recomposição monetária" de um segmento que não tem reajuste desde 2006 - o que não é verdade, pois entre janeiro de 2002 e dezembro do ano passado os ministros do STF tiveram um aumento real de 34%"

Ou seja, induz o leitor a acreditar que servidores e magistrados têm algum vinculação em seus reajustes e, pior, joga que em uma década (janeiro/2002 e dezembro/2011) os "ministros do STF" teriam auferido aumento real de 34% em seus subsídios, sem demonstrar de onde tirou esse índice. Mesmo que fosse verdade em relação aos magistrados, o tal "aumento real" não se estende ao salário dos servidores, cujo última recomposição foi em 2006 (referente aos 4 anos anteriores e parcelada) e já decorreram quase 06 anos desde então.

Na mesma matéria, o IG afirma que o governo sabe que o Congresso está disposto a aprovar o reajuste e teme pelo pior: que o reajuste desate reivindicações em série por aumentos em setores do funcionalismo que têm salários bem menores, como militares, Receita e Polícia Federal.

Leia a íntegra da notícia:

Temendo fila de reajustes, Dilma peita o STF

Presidente não incluirá reajuste do Judiciário na proposta do Orçamento 2012 por temer demandas por aumentos de outros setores

Apesar de ter recebido um ofício em tom de intimação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, a presidenta Dilma Rousseff decidiu que não vai refazer a proposta do Orçamento do ano que vem para incluir o reajuste salarial do Judiciário. O governo já sabe, porém, que o Congresso está disposto a aprovar o aumento, o que faz a equipe econômica temer pelo pior: que o reajuste desate reivindicações em série por aumentos em setores do funcionalismo que têm salários bem menores, como militares, Receita e Polícia Federal.

O ofício de Peluso, encaminhado na quinta-feira, pergunta se Dilma pretende incluir na proposta orçamentária para o próximo ano recursos para garantir os reajustes dos juízes e funcionários. Foi enviado um dia após a ministra do Planejamento brasileira, Miriam Belchior, ter dito no Congresso que o governo não trabalha com a possibilidade de elevação das remunerações do Judiciário em 2012. O custo total do aumento do Judiciário é de R$ 8,350 bilhões. Isso faria com que os salários dos ministros do STF saltassem de R$ 26.723,13 para R$ 32 mil.

Depois de tirar do Orçamento o aumento pedido pelos juízes, o máximo que o Planalto aceitou, quando o Supremo reclamou do corte, foi enviar a proposta de reajuste para a Comissão Mista do Congresso. "Mas a proposta orçamentária oficial, a que o governo enviou no dia 31 de agosto, não será mexida pelo Planalto", disse um assessor da Presidência.

Recomposição

Para os representantes dos magistrados e dos servidores do Judiciário e do Ministério Público, eles não estão pedindo um reajuste, mas apenas uma "recomposição monetária" de um segmento que não tem reajuste desde 2006 - o que não é verdade, pois entre janeiro de 2002 e dezembro do ano passado os ministros do STF tiveram um aumento real de 34%.

"Temos de ter um juiz para resolver isso (liberação do aumento) e o parlamentar é que fará esse papel", disse o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Nelson Calandra. O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e MPU no DF, Berilo José Leão Neto, disse que os parlamentares já estão "sensíveis" ao pedido de "recomposição". "Estou bastante confiante."

Fonte: SINDJUF-PA/AP.JUSBRASIL

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